O Movimento Nacional da Cidadania pela Vida – Brasil Sem Aborto é uma organização de natureza suprapartidária e supra-religiosa que defende a preservação da vida desde sua concepção, atuando de forma estruturada para pautar ações e argumentos a partir de evidências e pesquisas no campo da genética, da embriologia, da bioética e da legislação vigente. “Muitos dizem que defendem a legalização do aborto como uma forma de preservar a vida de mulheres que o praticam, pois estariam correndo risco de vida em clínicas clandestinas. Dizem tratar-se de um problema de saúde pública. Na realidade é mais que isso. Se temos 1,5 milhão de abortos, temos, no mínimo, 1,5 milhão de mortes”, afirma a Doutora Lenise Garcia, professora do Departamento de Biologia Celular da UnB e presidente do Movimento.
Professores, estudantes, advogados, líderes religiosos e comunitários, juristas e cientistas de renome, integram a organização, que mobilizou nas três marchas nacionais realizadas em Brasília cerca de 40 mil pessoas. Em todo o País, mais de 100 mil pessoas já participaram de eventos em prol da vida e contra o aborto. Para Jaime Lopes, vice-presidente do Movimento, esse expressivo número é reflexo do desejo dos brasileiros. “Estamos alinhados com 90% da população, que é contra a legalização do aborto”, declara com base no resultado de uma pesquisa divulgada pelo IBOPE em meados de 2005 e ratificada por outra do Datafolha, de 2008, em que 68% dos entrevistados não querem a mudança da legislação vigente que criminaliza o aborto.
Essa postura contrária do brasileiro ao aborto vem aumentando a cada ano. Em 2006, 63% da população era contrária, passando a 65% em 2007 e atingindo 68% no ano passado. Outro parâmetro que confirma esta atitude é a crescente estruturação do Movimento Brasil Sem Aborto em todo o País, com a formação de mais dois comitês – em Pernambuco e Roraima – somando-se aos demais 13 distribuídos em todo o território nacional.
Anencefalia
O Movimento é contrário a liberação do aborto de anencéfalos, assunto que tramita desde 2004 no Supremo Tribunal Federal e cujo julgamento está previsto para este semestre, por entender que o direito à vida é o primeiro e mais fundamental de todos os direitos humanos. “Se for aprovado o aborto de anencéfalos no Brasil, os próximos poderão ser os com síndrome de down ou qualquer outro tipo de deficiência. Não podemos deixar abrir esta porta”, alerta Garcia.
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