segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Rogério Rosso, considerado como um dos herdeiros políticos de Joaquim Roriz, dá entrevista em que fala de sua relação com a família Roriz, dos seus planos a partir de 2011 e da possibilidade de se candidatar ao GDF em 2014 com apoio rorizista.




Confira entrevista exclusiva com Rogério Rosso


Na varanda de sua casa, no Lago Sul, onde prefere despachar, o governador Rogério Rosso (PMDB) recebeu o Jornal de Brasília para falar o que fez até agora e quais são seus planos para 2011. À frente da transição para o governo do petista Agnelo Queiroz, que tem como vice Tadeu Filippelli (PMDB), Rosso conta que apoiou Weslian Roriz (PSC) "porque não é ingrato" e faz questão de lembrar que, naquela ocasião, as pesquisas mostravam que ela estava bem atrás: "Se pensasse em mim, no meu futuro político, seria mais fácil ter apoiado o Agnelo ou ficado neutro." Questionado se seria ele o herdeiro político dos votos dados a Roriz, o governador diz que a transferência não é natural e que é preciso conquistar os eleitores. Mesmo depois das eleições, ele ainda insiste em dizer que o PMDB deveria ter saído com candidatura própria, com Filippelli encabeçando a chapa, já que 500 mil votos não foram dados a nenhum candidato (brancos, nulos e abstenção), o que significa quase 30% do eleitorado. Neste conversa, ele mostra ainda os feitos de seu governo e se considera um governador-interventor, pois preferiu "fazer a gestão da crise e trabalhar pensando no futuro da cidade."


Esse processo de transição parece ter se tornado especial para o senhor...
Com certeza. Quando nós assumimos, a transição correu na velocidade da luz. Nós assumimos um trem andando, no escuro e sem maquinista. Tivemos que, ao mesmo tempo, garantir os serviços essenciais à população e fazer uma radiografia para sabermos o que planejar, para tomar decisões.

Foi difícil?
Muito... até que a gente tomasse pé de todo esse conjunto enorme de obras que estava sendo feito na cidade, até você saber a situação de cada uma, se foram regularmente contratadas, se tinha disponibilidade orçamentária, financeira, se estava empenhado ou não, se tinha licenciamento ambiental, se tem pendência estrutural. Para saber tudo isso eu criei alguns comitês para áreas prioritárias. E antes do primeiro turno das eleições, baixei decreto estabelecendo, pelo lado do GDF, algumas regras para a transição, independentemente de quem fosse eleito.

Por que tanto cuidado?
Justamente para mostrar, a quem saísse vencedor, a nossa disposição de fazer uma transição transparente. A ideia era começar a levantar e deixar para quem viesse a maior quantidade de informações disponível. Isso vai permitir que o próximo governador entre em 2011 com o pé no acelerador. E nós não queremos que o Agnelo passe pelo que passamos, de não ter informação, de ter que fazer uma radiografia rápida e ao mesmo tempo governar.

O senhor se considera mais um governador ou um interventor?
Os dois e, ao mesmo tempo, nenhum. Tivemos que tomar medidas como interventor, como auditorias nos contratos e procedimentos. Na área de Saúde, por exemplo, tivemos que reverter a lógica de abastecimento que vinha funcionando. Na verdade, se esperava acabar o medicamento, o material, para solicitar uma compra emergencial. Ou seja, mais caro e em baixo estoque. Só para aquele momento. Hoje, com planejamento, teremos até o final do ano uma economia de R$ 400 milhões. Isso vai ficar para o próximo governo. Nós, pegamos a rede totalmente desabastecida. Esse exemplo eu posso replicar em várias áreas. Então, me considero um governador-interventor.

Com relação ao orçamento, aliás, vocês estão com problemas...
É, nós pegamos um orçamento superestimado em detrimento da receita real. A Lei Orçamentária de 2010 foi superestimada, incompatível com a receita. Portanto, é regra da boa gestão fiscal contingenciar aquilo que não existe.

Esse dinheiro, então, não está aplicado. Ele não existe?
Temos que ter bem a clareza do que é orçamentário e do que é financeiro. Se eu coloco uma proposta orçamentária, com todos os programas e projetos de cada unidade, mas se o financeiro não é suficiente para executar tudo, como é que você vai fazer? Tem que se tomar alguma providência, de contingenciar, inclusive, a receita.

O senhor pode dar um exemplo?
O passe livre estudantil, que estava consumindo R$ 10 milhões por mês, enquanto no orçamento estava previsto uma despesa de R$ 16 milhões por ano. Tinha que tirar de algum lugar. Esse é um exemplo clássico de problema orçamentário, que conosco foi desde a manutenção do metrô, dos programas sociais, obras, manutenção de custeio de empresas estatais, pagamento de servidor. Portanto, o orçamento vigente foi, no mínimo, incompatível com as ações e programas do governo, o que nos obrigou a colocar um pé no freio e trabalhar com uma realidade. E o orçamento que nós elaboramos para 2011, vocês podem ter a absoluta certeza, está com o pé na realidade. Só na Saúde, ele está R$ 1 bilhão maior do que o deste ano, quase 30% a mais...

A transparência que o senhor decidiu adotar em relação à transição está relacionada ao fato de não deixar brechas para que o próximo governo o acuse de ter deixado uma herança maldita?
Não. É de mostrar a verdade. Eu não contingenciei o orçamento agora. Eu fiz quando eu entrei, em abril. Eu não determinei auditorias nos contratos agora. fiz quando eu assumi. Então, a decisão de fazer uma transição transparente é em homenagem à população. Ao contrário, a herança maldita orçamentária já existe, estamos convivendo com ela desde o início do nosso governo, que ainda precisou bancar despesas com servidores que não estavam previstas, porque a folha salarial do GDF teve um aumento no primeiro trimestre do ano de R$ 200 milhões. E tivemos que tirar de outro lugar. A minha preocupação é dar ao Agnelo condições para que ele tome as decisões acertadas e rápidas.

A pergunta foi porque no jogo político, quando as coisas começam a não dar certo, é mais fácil jogar a culpa no anterior...
Eu entendo a sua pergunta. Mas eu jamais fiz alarde em relação às coisas erradas que descobrimos aqui, aos problemas gravíssimos das obras paralisadas, à falta de planejamento em diversas áreas, escolhas equivocadas, na minha avaliação, como no caso do Hospital de Santa Maria. Eu não fiz isso, até porque esse não era o meu papel. O meu papel era de fazer com que a cidade continuasse na sua normalidade. Que a gente desse uma injeção de correição e de auditagem em todas as áreas de governo e garantíssemos a prestação do serviço em todas as áreas. Realmente, seria mais fácil empurrar esses problemas para debaixo do tapete. E foi uma decisão que nós tomamos em conjunto. Decidimos enfrentar. Eu poderia muito bem mandar os créditos para a Fácil do passe estudantil e ele consumir R$ 200 milhões esse ano. Mas preferimos mudar a lei, as regras do passe livre. Renegociamos contratos. Preferimos fazer a gestão da crise e trabalhar pensando no futuro da cidade.

Quais foram outras decisões do seu governo?
Teve a questão do Buritinga, por exemplo, que eu vi que o Agnelo vai continuar. Tomamos a decisão de devolver tudo para a Polícia Militar porque o local não servia para ser sede de um governo. E lá tinham milhares de servidores do GDF. Agora, só ficou um pedacinho da Secretaria de Justiça, que devemos retirar de lá até o final de dezembro. A questão do Hospital de Santa Maria. O contrato prevê um custeio de R$ 12 milhões por mês, o que representa quase 15% de quase todo o gasto com a rede. O contrato com o Hospital de Santa Maria foi muito mal feito, ao ponto de o GDF ter que entrar na Justiça para obrigar o atendimento à população.

Nesses contratos mal feitos o senhor detectou má-fé?
Olha, nós detectamos que talvez tivesse havido pressa. O emergencial, por exemplo, não pode virar padrão como virou para várias áreas. Eu só fiz uma compra emergencial até agora. Foi para a KPC, mesmo assim com autorização do Ministério Público por escrito. São procedimentos que nós adotamos e que deveriam ser mantidos. Muitas obras nós entregamos, e não fizemos nada. Nem sequer estive presente. Foi uma opção que fizemos para dar o exemplo à maquina do GDF, que ela tem de trabalhar para a sociedade e não para A ou B.

O senhor disse que faltou dinheiro para pagar a folha de pessoal. Mas, mesmo assim, chamou muitos concursados...
Chamei aqueles cujos concursos estavam vigentes e havia previsão orçamentária. Chamei porque eu entendo que quanto mais servidor público concursado, no lugar daqueles outros terceirizados, melhor. Inclusive, mais barato. É uma linha que nós adotamos como política.

O senhor tem algum arrependimento desde que decidiu disputar a eleição indireta?
Não. Mas acho que só tem noção da complexidade do que é um governo como o do Distrito Federal quem o está exercendo. Em condições normais já é um grande desafio governar uma cidade-Estado. Nas condições que nós recebemos foi um grande desafio. Eu não tenho arrependimento, até porque eu diria que foi um privilégio poder ajudar Brasília nesse momento.

Que desafios foram os maiores até agora?
Foram vários, como a área de Saúde Pública. Teve a questão do transporte, principalmente no que diz respeito à tarifa de ônibus. Travamos uma verdadeira batalha. Foram quatro anos sem aumento de tarifa, o que fez com que a pressão fosse muito grande, tanto das empresas quanto das cooperativas. Nos outros estados, tudo isso é planejado. Você tem, a cada ano, um aumento previamente estipulado, com base em índices oficiais. Aqui me parece que foram adotadas algumas medidas ao longo dos últimos anos visando uma eleição ou reeleição. Isso atrapalhou demais.

Por falar em arrependimento, o senhor se arrepende de ter apoiado Weslian Roriz?
Não, porque eu não sou ingrato. No domingo, quando teve a decisão da substituição da candidatura de Joaquim Roriz pela a de dona Weslian, eu fiz questão de ir na casa dela, no meu carro, eu dirigindo, prestar a ela o meu apoio pessoal. Afinal, foi ela uma das grandes incentivadoras para que eu ingressasse na vida pública. Eu trabalhava no setor privado, e ela e a Liliane (a filha mais nova do casal Roriz), madrinha do meu filho, comadre da minha esposa, minha comadre... Não tenho qualquer arrependimento. Sabia desde o início as dificuldades que isso poderia criar. Ela já estava em desvantagem, segundo as pesquisas. Seria muito mais fácil eu ter escolhido apoiar o Agnelo ou ficar neutro, se eu estivesse pensando em mim, em algum espaço político futuro. Mas, no momento que ela foi lançada, eu não poderia ter deixado de fazer o que eu fiz.

O senhor chegou a ser acusado de usar a máquina pública a favor da candidatura Roriz. Isso ocorreu?
Não. Ao longo de todo o processo a máquina não foi utilizada. Secretários e administradores que tinham preferência pelo candidato Agnelo não sofreram qualquer tipo de retaliação. A única coisa que não podia ser feito era a usar a máquina, era fazer campanha durante o horário de serviço. Não liguei e não pedi voto para ninguém do governo. Repito: foi uma decisão minha e pessoal.

O senhor acredita que por conta dessa estreita relação que tem com a família Roriz, para 2014 ...
2014 está muito longe...

... mas o senhor pode vir turbinado por eles num eventual processo eleitoral? O senhor trabalha para isso?
Hoje, eu trabalho para governar o Distrito Federal e fazer uma transição da qual, amanhã, todos nós possamos nos orgulhar por ter contribuído para uma normalidade no Distrito Federal...

... o senhor tem um futuro político...
As urnas mostraram que um terço da cidade tem uma fidelidade enorme ao governador Roriz, até pelo seu histórico de 14 anos de governo. Mas a identificação dessa população com uma nova liderança depende do trabalho do político, da pessoa que vai estar trabalhando. Na minha avaliação, não é de cima para baixo. É do eleitor para o político. Isso é um processo. Vamos relembrar que eu tentei fazer com que o PMDB lançasse uma chapa própria. Inclusive tendo o Tadeu Filippelli como cabeça de chapa. Porque ele sinalizava dentro do processo eleitoral que isso seria possível. Se a aliança PT-PMDB estivesse totalmente consolidada no momento da eleição indireta, da qual eu sai vencedor, teria se feito uma chapa PT-PMDB. Mas o PT fez a sua chapa, o PTB fez a sua, o PR e o PMDB fez a sua chapa também. Então a minha percepção é que existia um espaço no eleitorado para uma outra chapa. Talvez eu não estivesse tão enganado assim, porque foram 500 mil votos que foram brancos, nulos ou fruto da abstenção. Quinhentos mil votos num total de um milhão e oitocentos é muita coisa. Quase um terço dos votos não foi para ninguém. E é isso que eu procurei fazer, demonstrar ao PMDB.

O PMDB ficou pequeno para o senhor? Como será a sua relação com o partido agora?
Não. O PMDB é o maior partido do Brasil. Eu nunca tive outro partido que não fosse o PMDB, onde entrei em 2005. Sei que, obviamente, a minha posição não agradou e não agrada a parte do partido. Mas nacionalmente, o PMDB se posicionou de formas diferentes. Uma parte apoiava a Dilma, parte não apoiava. Outra parte apoiava a Marina Silva, parte não apoiava ninguém. Isso mostra que o partido é democrático, não déspota. Mas eu não penso partidariamente hoje. Hoje eu penso no Distrito Federal, e na sua população. A questão partidária, do que o PMDB pensa, é coisa do PMDB. Penso, então, só focar na governo, na cidade e na transição.

O senhor veio da iniciativa privada e parece que gostou muito da vida pública...
É totalmente diferente. Eu trabalhei em várias montadoras de automóveis. No início do mês você já sabe que tem de vender tantos carros, e todos os dias você tem um cronograma de acompanhamento e toda a estrutura da empresa trabalha para aquilo: vender o automóvel, gerar o lucro, pagar o salários dos empregados, para se perpetuar, para lançar novos produtos... No governo é diferente. Você precisa ser ágil, mas dentro da legislação que envolve tudo. Se você vai fazer uma obra, você tem que fazer o projeto, licitar, tem que ter as licenças ambientais. As coisas são naturalmente mais demoradas. No setor privado o objetivo é o lucro, no governo é a satisfação do serviço prestado. Mas é possível implementar um ritmo bom no governo, desde que você monte uma equipe que conheça profundamente a máquina; desde que você faça projetos que não serão questionados pelo Tribunal de Contas ou pela Justiça.

Falou-se muito sobre a sua discrição. Para alguns pareceu até pouco envolvimento. O senhor poderia falar um pouco disso?
Olha, no setor privado a gente trabalha muito em equipe. E eu trouxe isso aqui para o GDF. É um estilo que eu tenho. Não tomo decisões sozinho, não centralizo. Pelo contrário, até por confiar muito nas pessoas, eu prefiro acompanhar o que está acontecendo, dar as diretrizes maiores, e deixar equipes qualificadas exercerem as suas atividades. Talvez, nem todos tenham entendido isso.

Mas o seu governo não vai tratar só de transição, vai?
Não. Nós temos muitos projetos. Acabamos de protocolar junto ao Governo Federal demandas no valor de R$ 4 bilhões para serem investidos, pelo futuro governo, em mobilidade urbana. Expansão do metrô, ampliação de vias, VLT, VLP... Lançamos a reforma de 20 centros de saúde, obras previstas no orçamento deste ano...

O orçamento elaborado pela sua equipe, então, está aberto?
Estamos totalmente flexíveis. Além disso, ele ainda vai ser votado, vai ser discutido na Câmara, está sendo discutido. Está aberto porque durante a transição do Agnelo eles vão identificar, obviamente, programas que eles querem ter um aporte maior, menor. E o momento de aprovação do orçamento com o da transição se casam. Da nossa parte não seremos intransigentes em nada.

O senhor disse que gosta do planejamento da vida privada e gostou da vida pública. O que será de Rogério Rosso a partir de 1º de janeiro de 2011?
Primeiro, quero ter mais contato com meus filhos, com a minha família. Hoje, pouco eu os vejo. Segundo, quero retomar os meus estudos políticos. Sou advogado, quero me modernizar, aprimorar meu conhecimento em diversas áreas, inclusive em gestão pública. Mas quando, como e onde eu ainda não sei. Quero continuar a compor minhas músicas. Sou da geração de Brasília que, aos 14 anos, o que tinha para fazer era estudar e ir a show de banda de rock ou tocar numa banda de rock. Aí eu optei por tocar. Sou muito melhor músico do que político.

E politicamente?
Politicamente, é impossível você governar uma cidade, ainda mais em um momento como nós pegamos, num ambiente de grande desafio, você não ter atenção pela vida pública. É impossível. A vida política ela permanece, você entende? É normal.

E qual será o caminho que o senhor vai trilhar?
Bom, primeiro preciso de um momento de reflexão. E preciso arrumar um emprego. No setor privado fui assalariado, não sou empresário, sou advogado e preciso ter uma atividade remunerada.

O que o senhor espera do próximo governo?
Eu torço muito que o próximo governo dê atenção aos problemas reais da cidade, que são evidentes, transporte, saúde... Espero que o Agnelo crie, de fato, condições para a cidade. Mandei um projeto de lei para a Câmara que destina os recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) integralmente às regiões administrativas. Que elas ganhem com isso certa autonomia financeira para que, num futuro próximo, elas sejam autônomas administrativamente. Espero que ele dê continuidade a isso. Espero que ele não ignore a questão do Entorno. Não é possível administrar Brasília sem pensar nessa área metropolitana ao seu redor. Afinal, Brasília dorme de um tamanho e acorda de outro, bem maior. Quem ignorar isso vai falhar.

Fonte: Da redação do clicabrasilia.com.br

Rogério Rosso deixa claro que nao pretende deixar o PMDB por agora e que irá assumir o mandato de deputado federal, por um mês, com a saída de Filippelli da Câmara Federal.

Consolo na Câmara dos Deputados

Mesmo com processo contra ele andando no Conselho de Ética do partido, o governador Rogério Rosso não tem planos de deixar o PMDB nos próximos meses. Ele pretende assumir, ainda que por somente um mês, o mandato de deputado federal que ficará vago com a posse de Tadeu Filippelli na vice governadoria do Distrito Federal. A chance de assumir o mandato relâmpago na Câmara dos Deputados era a única certeza de Rosso ao longo da campanha. Com Agnelo eleito, abriria-se a vaga de Filippelli. Com Weslian eleita, abriria-se a vaga de Jofran Frejat, seu candidato a vice, que conquistou a vaga de federal pelo PTB, na mesma coligação que o PMDB em 2006.

BLOG DA PAOLA LIMA

Alberto Fraga (DEM) quer se tornar líder da oposição a Agnelo Queiroz no DF e se organiza para tomar para si a direção do DEM no DF.

Democratas em reconstrução


Depois do deputado federal Alberto Fraga (DEM) declarar, via coluna Do Alto da Torre na quinta-feira, que pretende ser o líder da oposição no Distrito Federal e, para isso, almeja a direção do Democratas na capital, o partido começa a se reorganizar. Ainda na primeira quinzena deste mês, o partido terá duas importantes reuniões: com a cúpula nacional democrata e, depois, com a executiva do DEM-DF. O presidente regional da legenda, senador Adelmir Santana, explica que nenhuma posição será tomada antes desses encontros. Mas as movimentações internas já estão em andamento.

BLOG DA PAOLA LIMA

Com coordenador de transição escolhido por Agnelo envolvido em escândalos de corrupção, PT já pensa em mudar coordenação de transição.

Swedenberg pode coordenar governo de transição

Com as suspeitas levantadas contra Raimundo Júnior, coordenador da campanha do governador eleito do DF Agnelo Queiroz, o nome do dentista Swedenberg Barbosa ganha força para assumir a coordenação do governo de transição e um lugar de destaque no GDF a partir de janeiro.

Barbosa é ex-membro é ex-membro do Conselho Nacional de Saúde. Na política, atuou como ex-secretário de governo na gestão de Cristovam Buarque (1995-1998). Ele ainda coordenou as duas últimas campanhas do ex-governador do DF. Ele é pós-graduado em Saúde Pública.

BLOG ESTAÇÃO DA NOTÍCIA

Mesmo entregando o governo, o Governador Rosso não pára e autoriza reforma de 20 centros de saúde espalhados por todo o DF.

Rosso autoriza reforma em 20 centros de saúde

O governador do Distrito Federal, Rogério Rosso, assinou nesta quinta-feira (4), 20 ordens de serviço para a reforma em centros de saúde, totalizando R$ 20 milhões. O atendimento à população, no entanto, não será totalmente desativado. “Cada unidade terá um módulo ambulatorial instalado na própria área, a fim de receber os pacientes”, explica o subsecretário de Logística e Infraestrutura da Saúde, Antônio Henrique Moraes Rego.

Nos 20 centros de saúde que serão reparados (veja relação abaixo), o módulo ambulatorial contará com uma recepção e três consultórios, nas especialidades de Pediatria, Ginecologia e Clínica Médica. “Esses 20 centros são responsáveis por prestar serviços de saúde a 600 mil pessoas”, contabiliza Antônio Henrique.

Na segunda-feira (8), as empresas vencedoras das licitações – realizadas pela Secretaria Extraordinária de Logística e Infraestrutura da Saúde – começam a receber as ordens de serviço e deverão iniciar as obras 15 dias depois. Esse período servirá ainda para que os funcionários possam providenciar a mudança dos setores para outras unidades de saúde.

Mudanças na estrutura

As reformas dos centros de saúde incluem, em alguns casos, mudanças na estrutura arquitetônica, além de serviços nas instalações de eletricidade, água e esgoto, recuperação da alvenaria e pintura. “Temos centros bastante deteriorados. São construções antigas que precisavam de uma reforma urgente”, conta o subsecretário de Logística e Infraestrutura.

De acordo com Antônio Henrique, o gasto médio com cada uma das 20 reformas será de R$ 950 mil. As obras devem durar quatro meses e nesse tempo os servidores que não estiverem lotados no atendimento dos módulos ambulatoriais serão remanejados para outros postos. Os agendamentos, de acordo com o subsecretário, serão remanejados para os centros de saúde mais próximos da unidade que estiver em obras.

“O importante é que o atendimento aos pacientes não será interrompido, apenas remanejado para as unidades próximas, ou realizado no módulo ambulatorial, conforme o caso. Em situações de emergência, o paciente receberá o primeiro atendimento no módulo e será imediatamente encaminhado para o hospital da regional”, explica Antônio Henrique.

De acordo com o subsecretário, ao final das reformas os módulos instalados para o atendimento ambulatorial serão transformados na farmácia do Centro de Saúde, em conformidade com todas as exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Informações da Agência Brasília


Centros de Saúde que serão reformados

Asa Norte – CS12 e CS13

Asa Sul – CS06

Brazlândia – CS 01

Ceilândia – CS02, CS03, CS06, CS07, CS09 e CS10

Cruzeiro – CS14

Gama – CS01, CS03, CS05

Planaltina – CS01

Sobradinho – CS01

Taguatinga – CS03, CS05, CS07, CS23


BLOG ESTAÇÃO DA NOTÍCIA

Começou mal: Coordenador de transição petista enfrenta processos por corrupção e envolvimento no chamado "Mensalão do PT".

Coordenador da transição responde processo no TC

Escolhido por Agnelo Queiroz para coordenar mudança de governos, Raimundo Júnior também esteve envolvido no mensalão do PT e está impedido de assumir cargo em comissão.

Raimundo Júnior é funcionário de carreira na Câmara Legislativa e coordenou a campanha e foi anunciado como coordenador da transição na mesma entrevista coletiva em que Agnelo prometeu um governo ético e com pessoas acima de qualquer suspeita. “Tem uma pessoa que vai ficar responsável por essa área agora que vai ser o Raimundo Júnior. [Ele] vai fazer o contato com a parte do governo, vai ver a parte física onde vai acontecer. Todas as providências serão tomadas que é ainda parte da minha coordenação”, afirmou o governador eleito. Informações do DFTV Globo.

O escolhido por Agnelo Queiroz foi um dos operadores do esquema de repasses de dinheiro para políticos, conhecido como mensalão do PT. Ele apareceu na lista de sacadores de dinheiro do esquema de corrupção entregue pelo empresário Marcos Valério à CPI dos Correios, em 2005. Na época, Júnior explicou que sacou R$ 100 mil no Banco Rural a pedido do ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, e que entregou o dinheiro a ele.

A CPI recomendou o indiciamento de Júnior, mas ele não chegou a ser denunciado pelo Ministério Público por não haver provas de que o dinheiro foi para benefício próprio. No processo que corre no Supremo Tribunal Federal ele aparece como testemunha.

Raimundo Júnior está impedido pelo Tribunal de Contas do DF de exercer cargos em comissão, mas recorreu da decisão. Ele teria cometido irregularidades na prestação de contas da Secretaria do Trabalho, onde foi diretor durante o governo de Cristovam Buarque. Amparado por liminar, ele foi secretário-executivo na vice-presidência da Câmara Legislativa por um ano e quatro meses. Só saiu em junho desse ano, poucos dias depois que o Tribunal negou o recurso a ele.

Ele também foi obrigado a pagar multa após outros dois processos. Em todos os casos, recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador teriam sido usados irregularmente para contratar sem licitação ou para pagar serviços não comprovados.

Após ser procurado pela reportagem, Raimundo Júnior não foi à reunião de transição com o governador Rogério Rosso e o secretariado, realizada nesta quarta-feira (3) no Palácio do Buriti. Ele tinha confirmado presença, mas esteve apenas numa reunião restrita com o coordenador da transição pelo atual governo, Geraldo Lourenço. Para a reunião com todo o governo, ficaram outros dois coordenadores de campanha, convocados na última hora por Agnelo.

“O negócio é que está havendo uma confusão as pessoas estão entendendo que o Raimundo Júnior será o coordenador da transição. Essa decisão ainda não foi tomada. O govenador vai chegar domingo, segunda -feira ele vai estar comunicando quem vai fazer parte da equipe de transição”, afirmou o presidente do PT-DF, Abimael Nunes. I

BLOG ESTAÇÃO DA NOTÍCIA

Começam as chantagens: Jornalista ligado à campanha de Agnelo Queiroz é mais um envolvido em maracutaias e já sofre com perseguições de petistas.

Jornalista será próxima vítima do "fogo amigo"

Um jornalista da campanha do governador eleito do DF, Agnelo Queiroz, deverá ser a próxima vítima do chamado "fogo amigo". Tem até dossiê. O primeiro foi o coordenador da campanha de Agnelo Queiroz, Raimundo Junior, tido como personagem do mensalão do PT.

BLOG ESTAÇÃO DA NOTÍCIA

Veja quanto gastou cada um dos 24 deputados distritais eleitos para a próxima legislatura.

Prestação de contas dos deputados distritais

Gastos na campanha dos deputados distritais eleitos:


1) Cristiano Araújo (PTB) 901.953,72

2) Eliana Pedrosa (DEM) 822.450,00

3) Washington Mesquita (PSDB) 676.683,83

4) Chico Vigilante (PT) 598.928,39

5) Liliane Roriz (PRTB) 556.131,66

6) Benício Tavares (PMDB) 529.588,29

7) Rôney Nemer (PMDB) 392.078,08

8) Alírio Neto (PPS) 386.989,00

9) Arlete Sampaio (PT) 376.041,16

10) Chico Leite (PT) 310.250,00

11) Olair Francisco (PTdoB) 285.020,00

12) Celina Leão (PMN) 274.500,00*

13) Cláudio Abrantes (PPS) 253.766,89

14) Joe Valle (PSB) 245.515,06

15) Aylton Gomes (PR) 216.809,81

16) Agaciel Maia: (PTC) 214.450,00

17) Benedito Domingos (PP) 208.920,00

18) Raad Massouh (DEM) 129.845,00

19) Evandro Garla (PRB) 114.767,94

20) Cabo Patrício (PT) 114.735,06

21) Wasny de Roure (PT) 101.285,06

22) Dr. Michel (PSL) 61.582,47

23) Wellington Luís (PSC) 59.322,76

24) Israel Batista (PDT) 49.081,58

Total - 7.880.695,76

BLOG DA ANA MARIA CAMPOS

Hora da prestação de contas: Jaqueline Roriz (PMN) gasta bem menos que nomes emblemáticos da antes modesta esquerda do DF.

Gastos para se eleger deputado federal

Levando-se em conta os dados declarados à Justiça Eleitoral, os candidatos ao Senado, Câmara dos Deputados e Câmara Legislativa movimentaram R$ 29,5 milhões nas eleições deste ano.

Veja a lista dos candidatos a deputado federal que mais gastaram:

Luiz Carlos Pietschmann (PMDB) - R$ 2,4 milhões

Geraldo Magela (PT) - R$ 1,3 milhão

Ronaldo Fonseca (PR) - R$ 1,3 milhão

Paulo Tadeu (PT) - R$ 822,9 mil

Izalci Lucas (PR) - R$ 761,9 mil

José Messias (PCdoB) - R$ 710 mil

Veja quanto gastaram os demais candidatos a deputado federal que se elegeram:

Jaqueline Roriz (PMN) - R$ 687,9 mil

Érika Kokay (PT) - R$ 685 mil

Reguffe (PDT) - R$ 143,8 mil

BLOG DA ANA MARIA CAMPOS

Enquanto o recém eleito Agnelo Queiroz reforça o pseudo-discurso da ética, na formação de sua equipe de transição tem político envolvido no escândalo do Mensalão do PT.

Mensaleiro

Tem personagem do mensalão do PT na equipe de transição do governo Agnelo Queiroz.

 
BLOG ESTAÇÃO DA NOTÍCIA

Com pelo menos 35% do eleitorado do DF fiel ao rorizismo, Roriz continuará dando as cartas em 2014.

2014: Será a mais disputada eleição, de todos os tempos, em Brasília

Quem hoje sorri e pensa: o rorizismo acabou. Roriz acabou. Deve ter pensado de forma mais partidária e menos realista. O rorizismo está mais vivo que nunca. Vejam que nessas eleições, após escândalos e mais escândalos que colocaram ou tentaram colocar Joaquim Roriz no centro de situações, no mínimo, constrangedoras perante à opinião pública, 35% do eleitorado brasiliense disse: "Sim! Eu acredito em Roriz". Quase 500 mil eleitores, apesar de toda a propaganda contrária, apesar de todo o clima desfavorável e das artimanhas usadas pela oposição petista para chegar ao poder, mais de um terço dos eleitores disseram NÃO ao PT. E isso é emblemático.

Nas próximas eleições podemos ter nada mais que cinco candidatos competitivos e com chances reais de suceder Agnelo Queiroz no GDF. Teremos o surpreendente Toninho do Psol, com seu eleitorado já cativo e podendo se transformar na nova estrela da esquerda de Brasília; Eliana Pedrosa do DEM, que poderá se unir novamente ao grupo rorizista, mas que é mais provável que aconteça que ela seja sim candidata do partido ao GDF, com uma plataforma parecida com a do ex-governador Arruda; Reguffe do PDT, um dos destaques dessa eleição, como o deputado federal mais votado, com mais de 230 mil votos é, sem dúvida, uma promessa para 2014; Agnelo Queiroz do PT, pode sim concorrer a reeleição, caso seu governo esteja bem avaliado até lá e, por fim, o nosso candidato ou candidata. O candidato do grupo rorizista que é um incógnita. Poderá ser Rogério Rosso, caso esse se desfilie do PMDB, hoje comandado por Filippelli, nosso arqui-inimigo. Poderá ser Jaqueline Roriz do PMN ou até mesmo Liliane Roriz do PRTB. O fato é que muito dificilmente o nome rorizista a disputar o GDF em 2014 não sairá desta lista tríplice. Rogério Rosso sai na frente por ter experiência de governo e ter demonstrado lealdade a Roriz nos momentos mais difíces. As filhas, Jaqueline e Liliane Roriz estão começando na vida pública, mas já demonstram seriedade e principalmente, vontade de continuar a obra do pai em Brasília. A continuidade do rorizismo está, além de vários outros políticos jovens e outros tantos mais experientes e que continuam leais a Roriz, nas mãos desses três. Um deles será o candidato de Roriz em 2014 e já sai com pelo menos 35% do eleitorado, o que em uma eleição disputada como será a de 2014, já é uma larga vantagem. Por isso digo aos rorizistas, o projeto 2014 já começou.

BLOG DO AZUL

Parcial e "vendido" como sempre, Correio Braziliense se esquece do futuro e tenta, sem sucesso, reforçar uma imagem de derrotado a Joaquim Roriz.

Após a derrota, casal Roriz se mantém em silêncio 

Casal Roriz não foi visto na residência do Park Way um dia depois do resultado do segundo turno eleitoral. Vice na chapa de Weslian ressalta a coragem da ex-primeira-dama em concorrer no lugar do marido

Juliana Boechat

“Eu não conheço o sabor da derrota”, repetiu o ex-candidato ao Buriti Joaquim Roriz ao longo dos primeiros três meses de campanha. Ao experimentar a sensação pela primeira vez, em quase 40 anos de vida pública, ele preferiu se calar. O mesmo fez a mulher e concorrente derrotada ao posto máximo do Executivo local, Weslian Roriz. No último domingo, o casal saiu de sua residência, no Park Way, apenas para votar, por volta das 14h30. Quando a apuração começou — e a derrota parecia inevitável —, os portões do amplo terreno da Quadra 8 foram abertos para militantes, eleitores e aliados políticos. Aos jornalistas, restou uma declaração de agradecimento e a promessa de fazer oposição ao próximo governo. O silêncio vindo da casa dos Roriz se manteve durante o dia de ontem.

O movimento em frente à residência foi fraco nesta segunda-feira. Pessoas próximas não souberam informar se Joaquim e Weslian Roriz estão em casa ou se foram para a Fazenda Palma, em Luziânia (GO). As filhas do casal, recém-eleitas para as Câmaras Legislativa e Federal, também não se pronunciaram. Liliane não atendeu e nem retornou as ligações. E, segundo a assessoria de imprensa de Jaqueline, ela não está em Brasília. Segundo o coordenador de comunicação da campanha de Weslian, Paulo Fona, a família está descansando. “Ontem (domingo) e hoje (ontem) são dias de descanso para eles e para toda a equipe de campanha. Eles não vão falar”, afirmou. Segundo Fona, a carta divulgada pela candidata derrotada diz o suficiente a respeito do sentimento e dos futuros passos do clã rorizista.

No texto de 36 linhas, Weslian explica que o grupo político comandado por Joaquim Roriz fará uma “implacável oposição” ao governo com alguns deputados eleitos na Câmara Legislativa. E ainda chama aliados dos petistas de traidores. “Concorri por amor ao Distrito Federal, porque não podia aceitar a vitória de quem só pensa em ardis, que se alia a traidores e a oportunistas de última hora”. Weslian e Joaquim fizeram um breve discurso no microfone aos visitantes que ocupavam a sala de estar e a varanda da casa no início da noite do último domingo. Pessoas próximas ao grupo contam que Roriz aparentava tranquilidade. Weslian, no entanto, falou com a voz embargada e se emocionou ao receber apoio de pessoas aparentemente tristes com o resultado.

Resignação

O vice de Weslian, Jofran Frejat (PR), chegou à casa dos Roriz após a confirmação do resultado e logo foi embora. “Foi muito rápido. Lá havia a sensação de que perdemos a eleição, mas não percebi sentimento de amargura. Quem entra em política sabe da possibilidade da derrota. O povo decidiu assim”, explicou ontem ao Correio. Para Jofran, a derrota deu-se graças a “várias pedras no caminho de Roriz” e à renovação do eleitorado. Apenas os mais fiéis teriam permanecido ao lado do ex-governador. “Sempre soubemos da dificuldade, mas não podemos deixar de levar em conta a coragem de dona Weslian de levar essa briga até o fim”, defendeu. O deputado federal amenizou o significado da derrota de Joaquim Roriz para o Distrito Federal. “Se ele tivesse se aposentado antes de concorrer essas eleições, não saberia o sabor da derrota. Mas ele lutou contra tudo e todos”, disse.

O discurso da vitória e da derrota de políticos é tradição no Brasil, além de ser uma forma de agradecer e dar satisfação ao eleitorado. Desde que assumiu a campanha, na última semana de setembro, Weslian mostrou-se uma mulher de poucas palavras. Durante o segundo turno, a inexperiência política da candidata fez com que os assessores — e até o próprio Roriz — blindassem-na de possíveis situações constrangedoras. Ela não participou de debates contra o adversário Agnelo Queiroz (PT), pouco discursou durante os eventos de campanha e mal respondia à imprensa. Conforme ganhou segurança com o curso de media trainning, Weslian se livrou das amarras para voar sozinha. Ao contrário dela, Roriz sempre fez questão de se posicionar em relação à campanha e a assuntos de interesse público. O baque dos últimos dias, no entanto, fez os dois se calarem.

Treinamento

O media trainning é um treinamento feito com pessoas que costumam falar em público, na frente das câmeras, ou ainda dar palestras e entrevistas com frequência. Com a mudança de candidatos no meio das eleições, a cúpula da Coligação Esperança Renovada contratou o marqueteiro Dimas Thomas, que guiou a campanha do ex-candidato Toninho do PSol na primeira fase do pleito. A ideia era incrementar os programas de televisão e melhorar a desenvoltura de Weslian. Após um mês, ela realizou um comício no Riacho Fundo 2 para saber se poderia participar do último debate antes do dia de votação. 

Correio Web

Continuidade: Além de Jaqueline e Liliane Roriz, Rogério Rosso surge como um dos sucessores de Joaquim Roriz e herdeiro de um capital político invejável, já que 35% do eleitorado do DF é leal a Roriz.

Agora, a sobrevivência política do clã depende das filhas do casal
 
As filhas Jaqueline e Liliane foram eleitas para a Câmara dos Deputados e para a Câmara Distrital do DF

Com a mãe, Weslian, derrotada nas urnas e o pai, Joaquim, barrado pela Lei da Ficha Limpa, a sobrevivência política do clã Roriz volta-se agora para duas filhas do casal: Jaqueline e Liliane, eleitas para a Câmara dos Deputados e a Legislativa, respectivamente.

Aos 48 anos de idade, Jaqueline Roriz (PMN) foi a terceira candidata da região mais votada para a Câmara dos Deputados, respaldada por 100 mil votos. Formada em pedagogia, entrou oficialmente no universo político em 2006, quando se elegeu para a Câmara Legislativa do Distrito Federal com 24 mil votos.

Entre os projetos de lei apresentados, estão o que cria a política de saúde para a mulher detenta e o que determina o bloqueio de acesso a sites pornográficos aos menores de 18 anos que utilizam serviços de cyber-cafés. Seu patrimônio declarado é de R$ 2,8 milhões.

Já Liliane (PRTB), a caçula de 44 anos, vai estrear na Câmara Legislativa do Distrito Federal em 2011. A filha mais velha do casal, Wesliane, cuida dos negócios da família. Sempre foi deixada no papel de coadjuvante, assim como a mãe, antes das eleições deste ano.

O capital político do sobrenome Roriz foi um dos fatores determinantes para Weslian assumir a cabeça de chapa. A nove dias do primeiro turno, seria difícil montar uma nova estratégia de campanha - jingles, programas, panfletos - com outro nome à frente da coligação. O plano original era levar o vice Jofran Frejat à condição de candidato a governador, mas ele rejeitou a ideia.

Durante toda a campanha, Weslian contou com a presença das filhas e do marido. Na propaganda, a falta de experiência administrativa foi compensada pelo carimbo de "responsabilidade social" e a garantia de seguir com o jeito "Roriz de governar". Weslian adotou ao menos o jeito Roriz de campanha: privilegiou as áreas mais pobres (reduto da família), falou às pessoas mais "humildes" e evitou a imprensa. Seu programa também bombardeou o adversário com acusações.

Marketing. Para o segundo turno, a campanha do PSC contratou o marqueteiro Dimas Thomas, que antes de 3 de outubro moldava o discurso anti-PT e anti-Roriz de Toninho do PSOL.  RAFAEL MORAES MOURA E ANA PAULA SCINOCCA 

O Estado de São Paulo