terça-feira, 5 de outubro de 2010
Weslian no segundo turno
A última pesquisa eleitoral divulgada no DF dava vitória a Agnelo Queiroz (PT). A de boca de urna também. Mas a eleição em primeiro turno não saiu. Mesmo com uma candidatura tendo sido registrada apenas no sábado (2), Weslian Roriz (PSC) teve 31,49% dos votos válidos no Distrito Federal e disputará o segundo turno com o petista, que ficou na frente nas eleições de ontem (3), com 48,41%. O candidato Toninho do PSol ficou em terceiro, com votação expressiva jamais cogitada em pesquisas (14,25%). Em quarto aparece Eduardo Brandão (PV), com 5,64%. Rodrigo Dantas (PSTU), tem 0,2% dos votos.
Segundo dados do Tribunal Regional Eleitoral, 1.550.765 votos foram computados em todo o Distrito Federal, com 283.177 abstenções – número considerado grande. O Ter informou, ainda, que, na votação de governador, 58.332 votos foram brancos e 95.130, nulos.
Apoio do povo e de Rosso
A candidata do PSC acompanhou a apuração das eleições em casa, juntamente com parentes e partidários, e tão logo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF) totalizou o resultado, ela e seus seguidores comemoraram o fato. Principalmente porque ela teve apenas nove dias como candidata, como salientou à imprensa.
Ela disse que vai centrar todos os seus esforços, a partir de amanhã, na luta pelo Palácio do Buriti, e lembrou que a disputa agora é igual em termos de tempo de propaganda eleitoral. “Eu sou a candidata, eu é quem vou governar, eu estou na disputa e vou ganhar as eleições”, destacou.
Quatro vezes governador do DF, Joaquim Roriz também falou com os jornalistas, sempre louvando a garra do eleitorado de Brasília “a quem conheço melhor do que ninguém”. “Podem arrumar o terno para a posse de Weslian no dia 1º de janeiro”.
O governador Rogério Rosso e a primeira-dama do DF, Karina Rosso, estiveram com Weslian durante todo o tempo da apuração dos votos. “Vamos agora buscar a vitória da candidata. Não há dúvidas de que quem tem fé, trabalho e dignidade é a melhor escolha”, frisou. Rosso criticou ainda Agnelo por pedir tropas federais para as eleições no DF. “Mostrou que não conhece Brasília, o povo da capital não é baderneiro nem perigoso como ele diz”.
Rorizistas vão à "guerra": Começou a campanha do 2º turno no DF e Weslian e Joaquim Roriz pedem empenho total da militância.
Com 100% das urnas apuradas no Distrito Federal, a Justiça Eleitoral confirmou neste domingo (3) a realização de um segundo turno no DF para eleger o novo governador. O petista Agnelo Queiroz, ex-ministro do Esporte do governo Lula, terminou o primeiro turno na dianteira, com 48,41% dos votos válidos, ou 676.394.
Com a foto do marido - que desistiu da disputa - na urna eletrônica, Weslian Roriz conseguiu 440.128 votos, o que corresponde a 31,50% dos votos válidos.
Em terceiro lugar terminou as eleições no DF Toninho do PSOL, com 14,25% dos votos ou 199.095 votos.
Votos brancos foram 3,76%. Nulos computaram 6,13%, e o DF teve nível de abstenção de 15,44%.
Portal Terra
Os 11 rorizistas: Além de Cristiano Araújo (PTB), advindo da coligação adversária, foram 10 os rorizistas eleitos para a Câmara Legislativa.
Eliana Pedrosa (DEM)
Eleita para um terceiro mandato, Eliana Pedrosa se destacou nos últimos quatro anos por sua atuação como secretária de Desenvolvimento Social da gestão de José Roberto Arruda. Formada em química pela UnB, Eliana chegou a ser cogitada como possível candidata ao GDF pelo DEM. Mas decidiu disputar a reeleição e conquistou uma vaga na Câmara mais uma vez.
Liliane Roriz (PRTB)
Filha caçula de Joaquim e Weslian Roriz, Liliane, 44 anos, é administradora de empresas e jornalista. Apresentou programa na televisão e ajudou a implantar o Comitê de Entidades no Combate à Fome e pela Vida. Depois de fazer dobradinha com a irmã candidata a deputada federal, Jaqueline Roriz, conseguiu se eleger pela primeira vez.
Washington Mesquita (PSDB)
Nascido em Brasília, casado e pai de dois filhos, Washington Mesquita conquistou votos dentro da comunidade católica do DF. Há mais de 10 anos, ele é coordenador-geral da semana de Pentecostes e também é ligado ao padre Moacir Anastácio. Será o representante da Igreja Católica na Câmara Legislativa.
Raad Massouh (DEM)
Empresário, Raad nasceu na Síria, mas é naturalizado brasileiro. Nas eleições de 2006, disputou um cargo de distrital, porém conseguiu ficar apenas na suplência. Assumiu o cargo definitivamente este ano, depois da renúncia do titular, Leonardo Prudente. Aos 53 anos, tem sua base eleitoral em Sobradinho. Agora, conquistou sua primeira vaga na Câmara Legislativa.
Cristiano Araújo (PTB)
Depois de alcançar o posto de segundo deputado mais votado em sua primeira disputa, Cristiano Araújo chegou à reeleição.
Aylton Gomes (PR)
Eleito, assume o segundo mandato. Aylton Gomes está entre os parlamentares envolvidos no escândalo da Caixa de Pandora. Em depoimento ao Ministério Público, é citado por Durval Barbosa como beneficiário de pagamentos de mesadas em troca de apoio ao governo Arruda. Foi vice-presidente da Comissão de Segurança no período 2007-2008.
Raimundo Ribeiro (PSDB)
Advogado da União, Raimundo Ribeiro se reelegeu para exercer seu segundo mandato. Nascido no Piauí, ele chegou a Brasília em 1967. Trabalhou como office boy em banco e foi funcionário do Ministério da Educação. Durante o governo Arruda, Ribeiro comandou a Secretaria de Justiça e Cidadania e liderou os primeiros processos de regularização de condomínios.
Olair Francisco (PTdoB)
É dono da rede Agittus Calçados e ex-administrador de Águas Claras. Trabalhou como camelô, vendedor, assistente administrativo e gerente de loja. Ele já foi eleito presidente da Associação Comercial e Industrial de Taguatinga (Acit) e suplente de Aylton Gomes (PR).
Welligton (PSC)
Presidente do Sindicato dos Agentes da Polícia Civil há 11 anos, Wellington Luiz de Souza Silva nasceu em Brasília e tem 43 anos. Começou a vida profissional como bancário e, em 1988, ingressou no Corpo de Bombeiros. Três anos depois, foi aprovado em concurso como agente da Polícia Civil e desde o fim dos anos 1990 comanda o Sinpol.
Benedito Domingos (PP)
Em 1986, Benedito Domingos concorreu ao Senado, mas não venceu. Quatro anos depoisfoi eleito deputado federal. Em 1998, virou vice governador na chapa de Roriz. Candidatou-se sem sucesso ao GDF em 2002 e, em 2006, voltou à Câmara Legislativa. Teve os bens bloqueados este ano por suposta participação em esquema investigado na Operação Caixa de Pandora.
Celina Leão (PMN)
A goiana Celina Leão chegou a Brasília em 2000. Antes disso, formou-se em administração de empresas e fez parte do movimento estudantil. Trabalhou em indústrias de sua família e, nas horas vagas, dedicava-se ao hipismo. Trabalhou no Procon e, em 2006, foi nomeada secretária de Estado da Juventude durante o governo Joaquim Roriz.
Nossos eleitos: Jaqueline Roriz (PMN), Izalci Lucas (PR) e Ronaldo Fonseca (PR) são os deputados federais eleitos por nossa coligação
Em 2011, até 2014, oito deputados federais terão as atribuições de ajudar o Governo Federal na governabilidade e o Governo do Distrito Federal com emendas, propostas, recursos, sugestões. Dos oito atuais que ocupavam as cadeiras do DF na Câmara dos Deputados, apenas um foi reeleito: Magela (PT). O novato Reguffe (PDT) foi eleito o deputado federal mais votado destas eleições, com 266.465 votos. O recorde rendeu a Reguffe ainda o título de segundo deputado mais votado na história do DF e o candidato a deputado federal proporcionalmente mais votado do Brasil, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Paulo Tadeu (PT), foi o segundo deputado mais bem votado nestas eleições: 164.555 votos. Em terceiro, ficou a deputada Jaqueline Roriz (PMN), com 100.051 votos. Izalci (PR) ficou em quarto, com 97.914 votos.
Mas a bancada do PT ficou sendo a maior para a nova legislatura, pois além de contar com Magela (86.276 votos) – o quinto na lista dos oito - e Paulo Tadeu, ainda puxou Érika Kokay, que teve 72.651 votos, ficando na sexta colocação. Caso vença as eleições, a possível presidente Dilma Rousseff (PT) poderá contar não apenas com Reguffe, Tadeu, Magela e Érika, mas também com Pitiman (PMDB) – afilhado político de Tadeu Filippelli (PMDB) e José Roberto Arruda (sem partido) – que foi o oitavo da lista, com 51.491 votos. Todos estes apóiam Agnelo Queiroz (PT) na corrida ao Buriti.
Caso a presidência fique com o tucano José Serra, além de contar com Jaqueline e Izalci, um novo nome ocupou a sétima vaga da Câmara dos Deputados a que o DF tem direito: Ronaldo Fonseca (PR), que teve 67.920 votos. Os três apóiam a candidatura de Weslian Roriz (PSC) ao GDF.
Surpresas do processo eleitoral
Reguffe apontava como o favorito em todas as pesquisas eleitorais, mas pode se considerar que a votação histórica do pedetista configurou uma surpresa nas eleições. Com um discurso de ética e moralidade, Reguffe ficou emocionado ao saber do resultado. “O maior agradecimento que posso dar é fazer um trabalho honesto e decente e ainda cumprir todos os compromissos de campanha”, disse. O deputado eleito do PDT só perdeu em número de votos até agora para José Roberto Arruda, que em 2002 venceu nas urnas com mais de 300 mil votos.
Também figurava na lista das pesquisas o nome de Érika Kokay, que só entrou graças ao puxador Reguffe, pois corria risco de ficar de fora da Câmara. Paulo Tadeu também sempre apareceu nas intenções de voto das pesquisas, assim como Magela.
O candidato de Filippelli, Pitiman, contudo, foi outra surpresa do processo eleitoral. Pitiman foi ex-presidente da Novacap no governo Arruda e é afilhado político de Filippelli, além de ser do mesmo partido do padrinho – que tinha um representante na Câmara dos Deputados.
Do lado oposto, Jaqueline Roriz e izalci também sempre apareceram nas pesquisas eleitorais. A surpresa ficou mesmo para o nome de Laerte Bessa (PSC), que ficou de fora da nova legislatura e do anônimo Ronaldo Fonseca – um evangélico que com discurso moralista duro conquistou a sétima vaga.
Sai
Alberto Fraga (DEM)
Augusto Carvalho (PPS)
Jofran Frejat (PR)
Laerte Bessa (PSC)
Rodovalho (PP)
Rodrigo Rollemberg (PSB)
Tadeu Filippelli (PMDB)
Entra
Reguffe (PDT) 266.465 (18,95%)
Paulo Tadeu (PT) 164.555 (11,70%)
Jaqueline Roriz (PMN) 100.051 (7,12%)
Izalci (PR) 97.914 (6,96%)
Érika Kokay (PT) 72.651 (5,17%)
Ronaldo Fonseca (PR) 67.920 (4,83%)
Luiz Pitiman (PMDB) 51.491 (3,66%)
Fica
Magela (PT) 86.276 (6,14%)
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