quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Roriz: 'Ficha Limpa foi feita para me prejudicar'

O ex-governador do Distrito Federal (DF), Joaquim Roriz, disse hoje que a Lei da Ficha Limpa foi feita com o intuito de prejudicá-lo. Ontem, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a lei vigora este ano para o candidato que renunciou ao mandato para fugir da cassação. "O que eu entendo é que essa lei foi feita única e exclusivamente para atingir Roriz", afirmou o ex-governador, que participou de carreata em Riacho Fundo II, cidade satélite do DF.


Questionado sobre os impedimentos para as próximas eleições, Roriz respondeu: "Vai ter outra (lei) revogando". A nove dias do primeiro turno Roriz trocou a cabeça de chapa para o governo do DF pela mulher dele, Weslian Roriz, que disputa agora o segundo turno com o candidato do PT, Agnelo Queiroz. Na carreta de hoje Weslian não compareceu, porque estava gravando para o programa eleitoral.


Fonte: Agencia Estado

Weslian Roriz, candidata ao GDF, confirma presença no debate desta quinta

A candidata ao Governo do Distrito Federal pelo Partido Social Cristão (PSC), Weslian Roriz, confirmou presença no último debate no 2° turno, que acontece às 22h30 desta quinta-feira (27/10) na Rede Globo, segundo a emissora. Mesmo assim, na agenda oficial no site da candidata ainda não consta o compromisso.

Weslian não foi a nenhum debate durante todo o 2° turno das eleições. De acordo com a assessoria de imprensa da aspirante ao Buriti, as ausências fazem parte da estratégia de campanha da candidata. O concorrente ao Palácio do Buriti, Agnelo Queiroz (PT), foi a todos os encontros, que foram transformados em sabatina, e confirmou presença também no debate desta noite.

O debate terá a duração de 50 minutos e será mediado pela jornalista Cristina Serra. O programa será dividido em blocos, alguns com temas livres, outros com assuntos específicos, destinados a perguntas entre os candidatos. Caso apenas um dos concorrentes compareça, o programa se transformará em uma entrevista e será reduzido de 50 para 30 minutos.
 

Dona Weslian luta por cidadania

A candidata do PSC ao GDF, Weslian Roriz, prometeu durante comício para três mil pessoas, no Riacho Fundo II, na noite de quarta-feira, a regularização dos lotes, de modo a dar segurança às famílias com o título de propriedade de onde moram. Dona Weslian, acompanhada do ex-governador Joaquim Roriz, anunciou o seu plano de governo para a região que ela demonstrou conhecer bem, assim como a seus moradores.

Dona Weslian lembrou de quando, apenas como esposa do governador Roriz, ia de forma discreta ao Riacho Fundo I e II distribuir cobertores e enxovais de bebês para mães carentes, antes que se transformassem em Região Administrativa. “Eu vinha distribuir. Eu nunca esqueci os mais humildes, não. Eu sempre quis fazer um trabalho ao lado do meu marido enquanto ele estava no governo. E agora, gente, eu venho como candidata a governadora”, disse.

Ao pedir o voto dos presentes, a candidata destacou a experiência de seu vice-governador, o médico Jofran Frejat, e lembrou que, durante o tempo em que ele foi secretário de Saúde do DF ninguém ficava sem atendimento nos hospitais e postos de saúde. Aproveitou para anunciar a construção de um hospital regional para atender toda a região do CAUB – Conglomerados Agrourbanos de Brasília.

Outras obras que constam do programa de governo de Weslian Roriz para a região são os restaurantes comunitários, creches com funcionamento pelo menos até as 19 horas e a possibilidade de estender para o período noturno, para as mães estudarem.

O estudo, garantiu dona Weslian, será assegurado a todos, inclusive o curso superior, pois ela vai criar a Universidade Distrital, que terá instalações espalhadas pelas cidades satélites para atender os jovens que não têm condições de pagar uma faculdade particular. Para a juventude, a candidata anunciou, ainda, a criação de cursos profissionalizantes e condições de geração de empregos que absorva essa mão-de-obra.

A candidata destacou que ela e Frejat precisam ser eleitos porque juntos vão cuidar da população do DF. Ela criticou a falta de transporte e de segurança na região e prometeu que, quando governadora, vai levar linhas de micro-ônibus até próximo às casas das pessoas, de forma integrada ao metrô e às linhas de ônibus tradicionais. Tudo com passagem única. E, em relação à segurança, ela disse que vai contratar mais policiais para promover o policiamento ostensivo, nas ruas.

“É por isso que quero ser governadora, porque quero ser a mulher do povo, para dar condições a vocês de terem uma vida melhor. Porque eu conheço essa região, eu já andei por aqui. Eu não sou visita, aqui, não. Já andei pelo Riacho Fundo I e pelo II, todos os cantos de Brasília eu conheço” – disse, além de garantir que vai atender a reivindicação local de criação de uma feira.
Dona Weslian reforçou a questão da regularização: “Tem uma coisa que você precisam mais ainda e que estão aguardando, que é a escritura do seu lote, que trará segurança a vocês”, provocando aplausos entre as três mil pessoas, estimativa da Polícia Militar, que se aglomeraram em torno do palanque montado no CAUB, local de encerramento da carreata de três horas que antecedeu o comício e percorreu o Riacho Fundo I e o II.

Dona Weslian pediu votos para o candidato a presidente José Serra, para que ela tenha apoio para governar e disse que não vai governar sozinha. “Eu tenho um marido, o Joaquim Roriz, que vai me orientar, porque ele governou o DF por 14 anos, não foram dois dias. Ele tem experiência. Nosso governo é de sinceridade. Com fé em Deus e no Espírito Santo de que serei governadora para fazer tudo aquilo que vocês precisam. O que vocês precisam é de muita atenção, coisa que todo o Brasil precisa, e a atenção tem de ser dada igualmente. Peço a Deus que me dê força e coragem para governar o DF. E no dia 31 de outubro aguardo que vocês votem no 20”, convocou dona Weslian.

Jofran Frejat Jofran Frejat exaltou a força de dona Weslian que aceitou o desafio de candidatar-se a governadora. “Ela tem força e coragem e sei que ela será bem sucedida para governar. Eu como seu vice, garanto que não vamos abandonar o povo de Brasília. Agora, peço que cada um de vocês seja um soldado e consiga mais votos para eleger Weslian como a governadora do Distrito Federal”- convocou.

Além do ex-governador Roriz, participaram do evento suas filhas, Jaqueline e Lílian, eleitas deputadas federal e estadual, respectivamente, e outros eleitos distritais, como Olair Francisco, Washington Mesquita e Celina Leão, além dos candidatos Clarindo Rocha e Virgílio Neto.

Aproveitando a dica de um eleitor, Roriz fez uma conta para chegar ao número 20 de dona Weslian. ”A idade com que Jesus Cristo morreu foi 33. Então tirem 13, que é o número do azar e dos encardidos. Façam essa subtração e chegaremos ao 20. Tirem o azar, tirem os encardidos, tirem os malfeitores, tirem os perversos, tirem aqueles que querem fazer mal ao povo”, disse ele sob os aplausos do povo.


http://weslian.com.br/noticias/ultimas/775-dona-weslian-luta-por-cidadania

Ficha Limpa foi golpe contra Roriz

Além do tom incisivo do voto de Gilmar Mendes no julgamento sobre a Ficha Limpa no Supremo Tribunal Federal,  chamou a atenção, segundo informa o site da revista Veja  o enfoque político adotado pelo ministro na sua sustentação. Mendes disse, com todas as letras, que a base governista na Câmara dos Deputados alterou um item da legislação, quando o projetotramitava no Congresso, especificamente para alterar o cenário da eleição ao governo do Distrito Federal.

É evidente. O que se tinha em mente era atingir um dado candidato em nome debuma suposta higidez moral”, disse ele. O ministro refere-se à emenda, de autoria do deputado José Eduardo Cardozo (PT), que incluiu na lista de inelegíveis os políticos que tenham renunciado ao mandato para fugir da cassação. O item não estava previsto no texto de iniciativa popular que chegou ao Parlamento, mas foi acrescentado com o consentimento do Legislativo. A medida atingiu em cheio a candidatura de Joaquim Roriz (PSC) – que, até ter problemas com a Justiça Eleitoral e desistir da disputa, liderava as pesquisas com ampla vantagem – e abriu caminho para a eleição de Agnelo Queiroz (PT).

Brecha para manipulação - Gilmar Mendes vê na Lei da Ficha Limpa a abertura de um precedente que considera ameaçador: a possibilidade de parlamentares usarem medidas semelhantes para influenciar o cenário eleitoral. O estratagema, na opinião dele, pode se transformar num instrumento perigoso nas mãos de deputados e senadores.

O ministro destaca que, ao formatar o texto da Lei da Ficha Limpa, os congressistas já sabiam quem seria punido pela medida – já que a lei tem efeito retroativo. Portanto, nada impede, diz Gilmar, que as condições de inelegibilidade sejam novamente alteradas para prejudicar esse ou aquele grupo político. O ministro fez uma espécie de comparação com uma alteração imaginária na lei: “Um pai que tenha batido no filho agora fica sem o pátrio poder de forma definitiva, para sempre. E será inclusive esterilizado para não ter mais filhos”. Na visão de Mendes, “mais grave do que a lei é o convite que se faz para a irresponsabilidade do legislador. Para a manipulação, inclusive, das eleições”.

O ministro também fez um contraponto aos que defendem a soberania absoluta da vontade popular. Minimizou o fato de a medida ter chegado ao Congresso com milhares de assinaturas. “Em democracia constitucional o povo não é soberano”, declarou. Ele afirmou que, sob alegada defesa da moralidade, não podem ser cometidas imoralidades. E chegou a fazer uma comparação forte: “Temos um namoro com pensamentos que gravitam em torno do nazifascismo”.
Gilmar Mendes foi voto vencido. A Lei da Ficha Limpa será aplicada nestas eleições. Mas a exposição do ministro – que foi a mais longa do julgamento e durou cerca de uma hora e meia – abordou aspectos ignorados pelos outros integrantes da corte.
(Gabriel Castro, de Brasília)
 

Dona Weslian eletriza o Riacho Fundo

A mobilização em torno da candidatura de Weslian Roriz (PSC 20) ao governo do Distrito Federal aumenta a olhos vistos. A três dias do segundo turno da eleição, a carreata realizada nesta quarta-feira (27), no Riacho Fundo, arrastou centenas de veículos que literalmente ocuparam as principais ruas e avenidas da cidade.

Na reta final da disputa, a campanha da Coligação Esperança Renovada não ganhou apenas força. O fôlego, a popularidade e a determinação da candidata Weslian Roriz também aumentaram: depois de mais de duas horas de carreata pelo Riacho Fundo 1 e Colônia Agrícola Sucupira, o comboio anoiteceu no Riacho Fundo 2 onde Dona Weslian foi o personagem principal de um grande comício.

A disputa pelos votos está cada vez mais acirrada e a Coligação aposta na tradição do eleitorado brasiliense de sempre votar com responsabilidade e consciência. “Dia 31 vamos mostrar que eleição é decidida pelo povo, nas urnas, e não por falsas pesquisas de intenção de votos”, ressaltou o candidato a vice-governador Jofran Frejat.

A mensagem foi captada pela eleitora Cláudia Maria de Almeida, que confidenciou que a determinação mostrada por Weslian Roriz a levou a rever seu voto dado ao candidato da oposição no primeiro turno da eleição. “Eleição não pode ser um contrato de risco baseado em pesquisas. Temos que votar com responsabilidade e eu vou fazer minha parte votando no 20”, afirmou.

Durante o longo percurso pela cidade, a candidata reiterou os compromisso de isenção de IPVA para os motoboys, concessão de alvarás de funcionamento para todos os comerciantes  e o cancelamento das multas de trânsito emitidas até 30 de setembro, entre outros. Ela também anunciou várias ações específicas para o Riacho Fundo, como a construção de viadutos de acesso na DF 075, melhoria da iluminação pública, aumento do policiamento, construção de creches, policlínicas e novos centros de saúde e a instalação  de uma unidade do “Na Hora” na cidade.

O sucesso do evento de hoje trouxe ainda mais otimismo à campanha. O buzinaço promovido pela gigantesca carreata calou a oposição, que não teve como enfrentar a realidade das ruas do Riacho Fundo tomadas por militantes e eleitores munidos de bandeiras, faixas e fitas azuis. Eleitores como Roberto Lima dos Santos, que fez questão de manifestar sua decisão de votar no 20: “precisamos de um governo sério para lavar a honra do povo brasiliense, que foi ridicularizado pelas falcatruas do governo Arruda”.

Além do vice Jofran Frejat, a carreata foi acompanhada pelos deputados eleitos Jaqueline e Liliane Roriz, Celina Leão e Washington Mesquita, e por lideranças comunitárias de várias regiões do Distrito Federal, como Recanto das Emas, Núcleo Bandeirante, Riacho Fundo, Planaltina e Ceilândia.

As atividades promovidas pela coligação Esperança Renovada serão intensificadas nos próximos dias. Segundo a legislação eleitoral, a partir de agora os candidatos só têm mais três dias para participar de comícios e atividades públicas. O prazo para a realização de carreatas e a utilização de carros de som termina às 22 horas deste sábado (30), véspera da eleição.
 

http://weslian.com.br/noticias/ultimas/772-dona-weslian-eletriza-o-riacho-fundo / Fotos: Keila Franco

Programa Eleitoral de Weslian Roriz dia 27 de Outubro

Nova testemunha denuncia Agnelo

O maior esquema de corrupção dentro do Ministério do Esporte na época em que o ministro era Agnelo Queiroz, hoje candidato do PT ao Governo do Distrito Federal, foi revelado por uma testemunha a policiais da Delegacia Especial de Repressão ao Crime Organizado (Deco) da Polícia Civil do DF, que investiga o caso.  As revelações bombásticas da testemunha foram exibidas na noite desta terça-feira (27) no programa de televisão da candidata Weslian Roriz (PSC) e repetidas no horário eleitoral da tarde desta quarta-feira (28).

O denunciante do esquema é o motorista Geraldo Nascimento de Andrade. Em depoimento à polícia, que foi acompanhado por um promotor da Justiça Federal, e depois em gravação ao programa do PSC, Andrade garante que Agnelo foi o mentor intelectual do desvio de pelo menos R$ 3 milhões do Ministério do Esporte.

Os recursos eram desviados por instituições dirigidas por pessoas ligadas a Agnelo e filiadas ao PCdoB, partido ao qual o então ministro era filiado. O dinheiro desviado, segundo a testemunha, era depois dividido entre os participantes do esquema. Geraldo Andrade garante ter participado de um dos encontros de partilha da verba desviada. Nesse encontro, Agnelo teria recebido R$ 256 mil em dinheiro vivo. “Eu mesmo contei o dinheiro”, revelou Andrade, num depoimento rico em detalhes.

O envolvimento do empresário no esquema foi descoberto pela “Operação Shaolin”, deflagrada pela Polícia Civil do DF para apurar denúncias de desvio de recursos do Programa Segundo Tempo praticados por ONGs e instituições que tinham convênios com o Ministério do Esporte. As investigações começaram em 2007. Em 2009 foi aberto o inquérito policial 028/2009 e no início de 2010, a Deco prendeu um grupo de pessoas supostamente envolvidas no esquema.

No dia 3 de abril de 2010, Geraldo Andrade prestou o depoimento aos delegados Guilherme Henrique Nogueira e Giancarlos Zuliani Jr, ambos da Delegacia Especial de Repressão ao Crime Organizado (Deco). O depoimento foi acompanhado pelo promotor Nelson Faraco de Freitas, titular da 2ª Promotoria de Justiça de Fundações e Entidades de Interesse Social.

REVISTAS DENUNCIARAM AGNELO

O caso foi denunciado primeiramente pela revista “Veja”, na edição do dia 23 de abril de 2008. Na reportagem “A fraude documentada”, a revista revela depoimento bombástico de outro personagem envolvido no esquema, Michael Vieira da Silva. No programa do último dia 22 de Weslian Roriz, Michael aparece revelando o esquema.

Mesmo depois da denúncia da “Veja”, o caso ficou abafado na mídia até 28 de maio de 2010, quando a revista “Época” publicou reportagem informando que uma testemunha confessou à polícia que viu Agnelo receber dinheiro do esquema de corrupção. A testemunha era o motorista Geraldo Nascimento de Andrade.

A identidade da testemunha fora preservada porque, até então, Andrade ainda não estava incluso no Programa de Proteção a Testemunhas do Ministério da Justiça. Só depois que passou a ser protegido pelo programa é que o motorista concordou mostrar o rosto e aparecer no horário eleitoral de Weslian Roriz. Na gravação, Andrade repete as mesmas revelações que ele fez aos policiais da “Operação Shaolin”, mas com um aviso: “Se acontecer alguma coisa comigo, foi o Agnelo”.

AS EMPRESAS ENVOLVIDAS

No depoimento à Polícia Civil e na gravação ao programa da Coligação Esperança Renovada, Geraldo Andrade mostra que conhecia muito bem o funcionamento do esquema montado para desviar recursos do Ministério do Esporte. Segundo a testemunha, ele entrou para o esquema em 2005, quando conheceu o empresário Miguel Santos de Souza, que inicialmente lhe propôs emprego de motorista. Meses depois, Miguel lhe ofereceu uma proposta mais tentadora: abrir uma empresa para prestar serviços ao Ministério do Esporte.


Geraldo Andrade conta que ficou sócio da empresa JG. Em seguida, Miguel Souza faria parceria com os irmãos Luiz Carlos e Antônio Carlos Coleho de Medeiros, administradores da ONG Novo Horizonte. Os irmãos já tinham ligação com o policial militar João Dias Ferreira, suplente de deputado distrital pelo PCdoB (então partido de Agnelo), dono da Associação João Dias de Kung-Fu e dirigente da Federação Brasiliense de Kung-Fu.

Integrava o grupo outro “ongueiro”: Tony Matos, administrador da Gomes de Matos. O que essas instituições tinham em comum? Todas “possuíam convênios com o Ministério do Esporte relacionado ao Programa Segundo Tempo”, conforme declaração da testemunha.

Ainda fariam parte do esquema mais cinco empresas: Infinita, HP, Linha Direta, Transnutre e HS. Essas empresas tinham como sócios os três principais envolvidos no esquema (Miguel Santos de Souza, João Dias Ferreira e Tony Matos) ou parentes direto deles. 

COMO FUNCIONAVA O ESQUEMA

Geraldo Andrade contou que o Ministério do Esporte, na gestão de Agnelo, mantinha convênio com as ONGs Novo Horizonte e as instituições de Kung-Fu. Por meio dessas instituições, empresas eram contratadas para prestar serviços ao Programa Segundo Tempo. As licitações, segundo Andrade, eram forjadas. Eram anunciados discretos editais publicados em pequenos anúncios no caderno de classificados dos jornais “Correio Braziliense” e “Tribuna do Brasil”, além do “Jornal de Licitações”. Esses editais depois entrariam na prestação de contas das instituições conveniadas.

As empresas eram contratadas para promover atividades esportivas para crianças carentes de Sobradinho II. Nunca prestavam o serviço, mas mesmo assim recebiam o dinheiro. Para isso, emitiam notas frias. Depois, o dinheiro arrecadado era distribuído entre os participantes do esquema, inclusive o então ministro Agnelo Queiroz, que ainda teria recebido dinheiro mesmo depois de sair do ministério.

A revista “Época” também denunciou como a fraude acontecia.  “De acordo com a apuração da polícia, empresas de fachada cobravam 17%do valor das notas para emitir papéis frios, sacar os recursos depositados pelas associações em suas contas e devolver o dinheiro para as ONGs de João Dias”, revelou a revista, acrescentando “os investigadores afirmam que Dias desviou recursos para a compra de uma casa avaliada em R$ 850 mil para construir duas academias de ginástica e financiar sua campanha para deputado distrital em 2006”.

A ENTREGA DE R$ 256 MIL A AGNELO

No depoimento e na gravação do programa de TV, Geraldo Andrade fez mais uma revelação grave. Ele contou detalhes da entrega de R$ 256 mil a Agnelo Queiroz. O dinheiro foi entregue por outro integrante do esquema, Eduardo Pereira Toimaz. No texto abaixo, extraído do “Termo de Declaração” assinado por Geraldo Andrade, confira a íntegra dos detalhes da transação.

“Geraldo e Eduardo se deslocaram da 711 norte do plano piloto para Sobradinho em um Fiat Palio de cor verde de placa JGD 7919; que chegaram a Sobradinho por volta das 20h30min do dia 8.8.2007; que o declarante estacionou o citado veículo próximo a um restaurante que vende carne de sol, em frente a concessionária da Honda; que passados alguns minutos em Honda Civic  de cor preta estacionou do lado do Fiat/Palio do declarante; que o Honda Civic estacionou quase emparelhado com o Palio, de modo que a janela do declarante ficou a aproximadamente um metro de distancia da janela do passageiro do Honda Civic; que ato contínuo, Eduardo desceu do Fiat Palio e foi conversar com o passageiro do Honda Civic; que o passageiro do Honda Civic perguntou para Eduardo “quanto ele mandou para mim”; que Eduardo disse “duzentos e cinqüenta e alguma coisa”; que o passageiro do Honda Civic disse para Eduardo “mas esse não era o combinado”; que Eduardo respondeu “vê com ele depois”; que então Eduardo pediu para o declarante lhe passasse a mochila onde se encontrava os duzentos e cinqüenta mil reais; que o declarante abriu a mochila e entregou para Eduardo; que Eduardo pegou tal mochila e repassou para o passageiro do Civic Honda; que o passageiro do Civic Honda despejou o dinheiro no chão do veículo e devolveu a mochila para Eduardo; que o passageiro do Honda Civic pegou um maço de cinco mil reais, tirando um mil reais do mesmo; que tal pessoa entregou quinhentos reais para o declarante e para Eduardo, a título de gorgeja; que tudo isso ocorreu enquanto os carros estavam emparelhados no citado estacionamento; que de imediato o declarante não identificou o passageiro do Honda Civic de cor preta; que passado alguns segundos da entrega do dinheiro, enquanto os veículos estavam emparelhados e Eduardo já havia voltado para dentro do Fiat Palio, Eduardo perguntou ao declarante “você sabe quem é esse cara aí?”, sendo que o próprio cara respondeu “é o Agnelo”; que nesse momento o declarante olhou para o lado e confirmou visualmente que a pessoa que recebeu o dinheiro seria Agnelo Queiroz; que isso tudo ocorreu enquanto os veículos estavam emparelhados e Agnelo conferia o dinheiro recebido; que o local onde ocorreu a mencionada entrega possuía boa iluminação, razão pela qual o declarante pode afirmar com convicção que Agnelo Queiroz foi a pessoa que recebeu a mochila contendo duzentos e cinqüenta e seis mil reais.”

Apesar de toda investigação, Agnelo, durante toda a campanha para o governo do distrito Federal, se apresentou como candidato “ficha limpa”.

http://www.weslian.com.br/noticias/ultimas/771-nova-testemunha-denuncia-agnelo

Vídeo de depoimento de Geraldo Andrade cai no YouTube e em outros redes sociais e choca o País

Acesse o link do Canal da Verdade com os vídeos contra o PT.

http://www.youtube.com/user/agenciamarcus



Fonte: http://azulroriz.blogspot.com/

Pedida impugnação de Agnelo

Os advogados da coligação Esperança Renovada, da candidata Weslian Roriz ao Governo do Distrito Federal, devem entrar nas próximas horas com uma representação judicial pedindo a impugnação da candidatura de Agnelo Queiroz, do PT, enquadrando-o como “ficha suja” devido ao seu suposto envolvimento no desvio de recursos públicos, durante o tempo em que ocupava o Ministério do Esporte.

O advogado da coligação, Eládio Carneiro, está buscando acesso a cópia do processo federal da Operação Shaolin em que Agnelo teria sido indiciado para embasamento da ação com os depoimentos contidos nos autos, como o da testemunha Geraldo Nascimento de Andrade, que acusou Agnelo de ser o mentor de um esquema de desvio de dinheiro do programa governamental Segundo Tempo, por intermédio de ONGs.

Andrade era motorista de Miguel Santos Souza, uma das pessoas investigadas na Operação Shaolin, e, em depoimento à Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DECO) da Polícia Civil, afirmou ter visto Agnelo receber R$ 256 mil, em dinheiro, em uma ocasião e que outras somas lhe teriam sido destinadas em ocasiões diferentes. Ele também citou nomes dos supostos participantes do esquema, alguns deles presos durante a operação policial, e o nome de Organizações Não Governamentais usadas no desvio de recursos do Ministério do Esporte.

“Como um sujeito, com testemunhas que o acusam de ser chefe de uma quadrilha de distribuição de dinheiro pode concorrer”, questiona Eládio Carneiro, que está juntando demais provas para o pedido de impugnação.

Essa é a segunda testemunha a denunciar a ações de Agnelo quando ministro do Esporte e também a admitir que sofreu ameaças de morte para que permanecesse calado. Geraldo Andrade, no entanto, disse que não se intimidou e que não deixará Brasília, apesar das ameaças.

Memória

A Operação Shaolin, da Polícia Civil do Distrito Federal e participação do Ministério Público, investigou desvio de dinheiro público por organizações ligadas ao PCdoB, ex-partido de Agnelo e, no início de abril passado, prendeu cinco pessoas: o policial militar João Dias Ferreira, Demis Demétrio Dias de Abreu, Flávio Lima Carmo, Miguel Santos Souza e Eduardo Pereira Tomaz.

O grupo, segundo a polícia, falsificou 49 notas frias para retirar cerca de R$ 3 milhões repassados pelo Ministério dos Esportes a entidades sociais conveniadas com o Programa Segundo Tempo. Pouco menos de R$ 1 milhão foram de fato destinados em atividades esportivas que deveriam beneficiar 10 mil atletas carentes de núcleos situados em Sobradinho.

http://www.weslian.com.br/noticias/ultimas/770-pedida-impugnacao-de-agnelo