domingo, 24 de outubro de 2010

Delegado que se prestou ao papel rídículo de ir à TV defender corrupto, tem histórico de excessos e de problemas no exercício da profissão.

DELEGADO TEM FAMA DE TORTURADOR

Delegado é acusado de tortura em Sobradinho Chefe da 35ª Delegacia de Polícia terá de se explicar à Corregedoria da Polícia Civil por supostamente bater nas mãos de empregada doméstica com cassetete para que ela confessasse participação em assalto.

Ary Filgueira

Em 26 anos de carreira na Polícia Civil, o delegado Márcio Michel Alves de Oliveira respondeu a cinco denúncias por abuso de poder e uma de tortura no exercício de sua profissão. O policial foi absolvido em todas as acusações feitas pelo Ministério Público, a maioria delas porque as vítimas desistiram de processá-lo. Mas o chefe da 35ª Delegacia de Polícia (Sobradinho II) terá novamente de se explicar por maus-tratos cometidos em sua delegacia. Dessa vez, é uma jovem quem acusa Michel de torturá-la com o uso de um cassetete para obter a confissão de um crime do qual ela afirma não ter participado. O caso foi parar na Corregedoria da Polícia Civil do Distrito Federal. “Temos ciência dessa reclamação e ela será apurada”, limitou-se a dizer a delegada Marialda Lima.

A autora da denúncia é a empregada doméstica Tatiane Alves de Jesus, 24 anos. Universitária do segundo semestre de pedagogia, ela afirma, no histórico da acusação encaminhado à Ouvidoria da Corregedoria — ao qual o Correio teve acesso —, que as 24 horas em que passou na delegacia de Michel, em razão de um roubo na chácara onde trabalhava, foram as mais difíceis da sua vida. Em 15 de julho, Tatiane foi arrolada como vítima do assalto à propriedade situada no condomínio de classe média Morada dos Nobres, em Sobradinho. Três homens encapuzados e armados invadiram a residência por volta das 18h, trancaram-na no quarto e roubaram vários objetos, entre os quais, dois computadores.

Segundo seu relato à Corregedoria, era 1h do dia seguinte, quinta-feira da semana passada, quando a empregada chegou à delegacia para depor. Ela afirma que a pressão para que confessasse sua suposta participação no crime começou logo na seção responsável pela investigação. “Os agentes disseram que era melhor eu contar a verdade, pois, se não, eu teria de me ver com o delegado”, afirmou. Diante da recusa dela, os mesmos policiais a levaram para a sala de Michel, que fica na sobreloja do prédio da 35ª DP em Sobradinho II. Lá, a jovem afirma que o delegado repetiu o discurso dos subordinados. Mas, novamente, Tatiane sustentou a inocência.

O delegado, então, teria, segundo ela, pegado o cassetete de madeira que estava em cima da cômoda e, com ele, desferido vários golpes nas palmas das mãos de Tatiane, que, mesmo assim, não confessou. Michel, afirmou a empregada doméstica, ameaçou passar as torturas para a sola dos pés. “Eu estava cansada de apanhar, então acabei assinando uma confissão que não é verdade”, disse Tatiane em entrevista na casa dela, no Jardim ABC, bairro da Cidade Ocidental. Após confessar a participação, Michel a liberou, mas sob uma condição: “Não vá sair contando esta história que você apanhou aqui dentro da delegacia, senão eu te mato”, teria acrescentado o policial, que tem fama de linha-dura na região. O diálogo final teria ocorrido por volta das 5h do dia 17, sexta-feira. “Eu escuto o barulho de sirene de polícia e penso: meu Deus, eles vieram me buscar”, contou a moça, em prantos.

Provas

A denúncia da empregada doméstica também foi encaminhada ao Núcleo de Controle da Atividade Policial do Ministério Público do DF pelo promotor Moacyr Rey Filho, da Promotoria de Justiça Criminal de Sobradinho. “Ela não tem passagem pela delegacia”, observou Rey, em consulta ao sistema do MP. Mesmo assim, o delegado Michel garante ter provas do envolvimento de Tatiane no crime. “Ao chegarmos ao local (do crime), encontramos o quarto onde ela estava presa com a janela aberta. Por que, então, ela não fugiu em vez de gritar para o dono?”, argumentou Michel. “Foi ela que abriu o portão da chácara para eles (os bandidos) entrarem, pois não havia como eles passarem pela segurança a não ser tendo ajuda de alguém de dentro”, completou o delegado. Ele informou ainda que Tatiane teria revelado, por conta própria, o nome de um dos autores. “Ele tem passagem por furto, roubo”, disse Michel, que não revelou a identidade do acusado.

Um dos porteiros do condomínio Moradas dos Nobres, no entanto, põe em cheque a afirmação do delegado de que Tatiane teria aberto a portão da chácara. Segundo o funcionário, que não quis se identificar, as imagens do circuito de TV da chácara roubada mostram o momento em que o trio de bandidos pula a cerca elétrica em volta da propriedade. Quanto à denúncia de tortura, Michel ironizou o fato, pois afirmou que o laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) não constatou qualquer hematoma nas mãos dela. E foi enfático: “Eu posso ter gritado, batido na mesa, mas, agredi-la, nunca”, afirmou. Michel acredita que a denúncia de Tatiane tem cunho político, pois ele conta que será candidato a deputado distrital nas próximas eleições.

*Mas que é estranho um delegado ir a TV para defender um esquema de corrupção, isso é. Ele não tem isenção, pois faz parte do grupo político do candidato Agnelo e, por questões éticas, também não poderia. Mas não adianta falar em ética para essa gente. Definitivamente eles nem sabem o que é isso. E essa fama de torturador heim? Sei não...

Assessoria de Imprensa- Weslian Roriz (PSC)


* Reportagem do Correio Braziliense de 23/07/09. As informações prestadas na reportagem são de responsabilidade do jornal.

As perguntas que o povo está fazendo nas ruas, mas que Agnelo e o PT se recusam a responder.

Lenha na fogueira 

Algumas perguntas ficaram sem respostas tanto no programa de Weslian Roriz (PSC) quanto no programa de Agnelo Queiroz (PT) sobre o depoimento bombástico de Michael Alexandre Vieira da Silva.

A Operação Shaolin existe ou não? Se existe, ela investiga o quê?

Por acaso, o Doutor Michel, delegado que aparece defendendo as acusações no programa de Agnelo Queiroz é o mesmo Doutor Michel que foi eleito deputado distrital nestas eleições, na coligação de Agnelo?

Se a ficha criminal do rapaz é tão grande assim, quem o nomeou para trabalhar no Ministério dos Esportes?

Michel teria assinado um documento e registrado em cartório, dias antes da publicação da Revista Veja com as denúncias de desvios no projeto Segundo Tempo em que Agnelo – então Ministro – seria um dos beneficiados. Ok. Mas o que levaria uma pessoa a assinar um documento e registrar em cartório dizendo que “tudo o que ele disser é mentira”? E por que este documento não veio a público na época da publicação da Veja?

É verdade que o processo da Operação Shaolin está nas mãos do procurador-geral Roberto Gurgel?

Há ou não desvios de verbas por meio de ONGs – independentemente de quem seja a culpa – no Projeto Segundo Tempo?

Quanto à familiar de Michel e seu depoimento, me recuso a comentar. Qualquer pessoa daria um depoimento em troca de dinheiro. Bom, pelo menos é isso que sustentou o programa de Agnelo ontem, estou errado?

E, por fim: O depoimento de Michel, que todos nós assistimos pela TV, é o mesmo que ele deu à Polícia Federal, quando entrou no programa de Proteção a Testemunhas? Se é, porque a PF protege um possível mentiroso? Ou a PF não acha que é mentira, só o PT?
 

Bomba! Policial preso envolvido no esquema de corrupção investigado pela Operação Shaolin cede imóvel para instalação de comitê pró- Agnelo em Sobradinho.

ENVOLVIDO NA OPERAÇÃO SHAOLIN ABRE COMITÊ PARA AGNELO EM SOBRADINHO

Através da Justiça, a imobiliária Geobra está tentando obter o despejo por falta de pagamento de aluguéis de imóvel situado em Sobradinho, que alugou ao soldado João Dias Ferreira de Faria, da Polícia Militar do Distrito Federal. No imóvel funciona um comitê da coligação Novo Caminho, do candidato petista Agnelo Queiroz. De acordo com o processo 2008.06.1.005466-9, que tramita na 2ª Vara Cível de Sobradinho, do Tribunal de Justiça do DF, a dívida com os aluguéis atrasados totaliza R$ 20.049,00.

O comitê é um conjunto de salas situadas no subsolo do prédio no lote 25 da Quadra 7, de Sobradinho. De acordo com o Cartório do 7º Ofício de Registro de Imóveis, em Sobradinho, o imóvel pertence à Geobra.

O caso liga Dias ao candidato Agnelo. Em passado recente, o militar foi uma das cinco pessoas presas pela Polícia Civil do DF, na Operação Shaolin, que investigou fraude e desvio de dinheiro público através do Programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte. Entre 2003 a 2006, Agnelo foi ministro da pasta. Após a operação policial, Agnelo deu declarações à imprensa alegando que não conhecia Dias e que desconhecia as fraudes.

Mas, atualmente Dias é um coordenadores da campanha eleitoral de Agnelo Queiroz na região de Sobradinho e cidades vizinhas. O policial militar até participa de reuniões com líderes comunitários e pessoalmente faz campanha para o candidato Agnelo. Inclusive o carro de Dias, um vistoso Honda Civic, se destaca nas reuniões com um grande adesivo de Agnelo.

Quando a reportagem visitou o comitê, sol a pino, poucas pessoas foram encontradas no local. Lá dentro, um homem grandalhão fazia a entrega de material de campanha a militantes.

À alguns metros do portão de entrada do imóvel existe um grande cavalete com a fotografia de Agnelo e o lema da campanha eleitoral petista.

Antes de ser transformado em comitê, no local funcionava uma academia de lutas marciais de propriedade de Dias. Inclusive, o nome do militar continua escrito no portão vermelho que dá acesso ao imóvel. Apesar de ter recebido dinheiro público através de convênios com o Ministério do Esporte, Dias não pagava o aluguel do imóvel, como mostra a ação de despejo que tramita na Justiça.

O imóvel tem seu interior repleto de material de campanha de Agnelo e de outros políticos da coligação Novo Caminho.

“Nós alugamos o imóvel ao João Dias. Agora, estamos brigando na Justiça para reaver o imóvel e receber o dinheiro dos aluguéis atrasados”, confirmou Rose, gerente da Geobra, cujo escritório fica no Bloco “G” da QI 9 do Lago Sul. A gerente não quis dar detalhes do caso à imprensa, alegando que não tinha autorização do proprietário da empresa.

“Intimidação” – Diante da notícia do seu envolvimento no caso, Queiroz resolveu confrontar o delegado Zuliani, movendo uma ação judicial contra o policial. “Não adianta tentarem intimidar o trabalho da polícia”, disse o delegado à reportagem.

VEJA NOVAMENTE MATÉRIA PUBLICADA NO CORREIO BRAZILIENSE:

Operação Shaolin prende cinco suspeitos de desviar R$ 2 milhões do Ministério dos Esportes

Ary Filgueira/Lilian Tahan

Publicação: 01/04/2010

Cinco pessoas estão presas na Divisão Especial de Combate ao Crime Organizado (Deco) suspeitas de participar de desvio de dinheiro repassado pelo Ministério do Esporte. O policial militar João Dias Ferreira, Demis Demétrio Dias de Abreu, Flávio Lima Carmo, Miguel Santos Souza e Eduardo Pereira Tomaz foram detidos às 6h da manhã desta quinta-feira (1º/4) por agentes da Polícia Civil do Distrito Federal, numa operação chamada Shaolin, que tem a participação do Ministério Público do DF.

O grupo, que era liderado pelo PM, falsificou 49 notas frias para retirar o dinheiro repassado pelo Ministério dos Esportes a entidades sociais conveniadas com o Programa Segundo Tempo do Governo Federal. A verba aproximada, ao longo de três anos (2006/07 e 08), foi de R$ 3 milhões. O dinheiro seria destinado a programas sociais, em atividades esportivas para 10 mil atletas carentes de núcleos situados em Sobradinho, mas pouco menos de R$ 1 milhão foi realmente destinado a eles.

O derrame de verba pública saia da Federação Brasiliense de Kung-Fu (Febrak) e da Associação João Dias de Kung-Fu, Esportes e Fitness. Esta última é uma organização não-governamental e leva o nome do soldado da 10ª Companhia de Polícia Militar Independente. Ele é dono de duas academias em Sobradinho: Thisway Fitness e Wellness Ltda., usada para lavar dinheiro desviado, situada no primeiro piso do Sobradinho Shopping.

Além das academias, os agentes cumpriram mandandos de busca e apreensão, autorizados pela 3ª Vara Criminial de Brasília, nas residências dos acusados, entre elas, na luxuosa casa onde reside o casal João Dias e Ana Paula Oliveira de Faria, 33, também apontada como integrante da quadrilha. O imóvel do PM fica num condomínio luxuoso de Sobradinho e foi arrestado pela Justiça.

A investigação surgiu em junho de 2008 com o cumprimento de mandado de busca e apreensão no escritório de um dos apontados no esquema: o contador Minguel Santos Souza, 54, situado na 711 Norte. Na ocasião, os policiais localizaram 49 notas fiscais emitidas pelas empresa Infinita e Serviços Gerais Ltda. e JG Comércio de Alimentos Preparados e Serviços Gerais Ltda. administradas por Miguel. Os documentos foram emitidos em favor da Febrak e da Associação João Dias de Kung-Fu. Elas descreviam a venda de kimonos da luta marcial, jogos de xadrez, dominó, dama, varetas e gêneros alimetícios no valor de R$ 1.999.850,58. Foram apresentadas na prestação de contas ao Ministério dos EsportesApós análise na Seção de Perícias Contábeis do Instituto de Criminalística da Polícia Civil, descobriram que tais notas eram consideradas frias.

Segundo a PCDF, as duas entidades receberam um total de R$ 2.962.998 milhões do convênio com o Programa Segundo Tempo do Ministérios dos Esportes. Destes, o grupo do soldado João Dias é acusado de desviar R$ 1.999.850,58 milhão. Os acusados estão detidos por força de um mandado de prisão temporária com validade de cinco dias. Mas, com o avanço das investigações, pode ser que a pena provisória dobre ou até seja comutada para uma preventiva de 30 dias.

Blog do Donny Silva

Pensamento do dia!

Agnelo quer impedir moradores de Brasília de viajar no feriado e acusa governador Rosso de promover a abstenção na eleição.

Feriadão no DF deixa petistas preocupados

Carol Pires / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo

No Distrito Federal o segundo turno ficou espremido entre dois feriados. O Dia do Servidor será comemorado no dia 28, quinta-feira, e a segunda-feira após a eleição será ponto facultativo pelo Dia de Finados, no dia 2, terça-feira. Quem "enforcar" a sexta-feira e a segunda-feira, poderá ter até seis dias de folga. Os mais prejudicados devem ser o candidato do PT ao governo, Agnelo Queiroz, e a presidenciável Dilma Rousseff (PT).

Agnelo não esconde a preocupação com o impacto que a possível abstenção possa causar no seu desempenho nas urnas. Para ele, existe uma "maquinação" da campanha adversária para estimular a debandada de servidores públicos da cidade.

E o culpado apontado por eles é o governador Rogério Rosso (PMDB) - apoiador da candidatura de Weslian Roriz (PSC). Rosso responde que o calendário de feriados de 2010 estava definido desde dezembro de 2009, quando José Roberto Arruda, aliado de Agnelo, ainda era o governador.

No primeiro turno, Agnelo e Dilma foram mais votados entre o eleitorado de maior renda e escolaridade - exatamente quem a campanha avalia serem os eleitores com condições de viajar no feriado. Weslian Roriz e seu aliado José Serra (PSDB) seguem o padrão inverso: são mais indicados pelos eleitores de menor renda.

O Estado de São Paulo

PC-DF aprofunda as investigações e quer ouvir Agnelo sobre os desvios de recursos de programas sociais no DF, na época em que era ministro do esporte. Fontes dão conta do indiciamento de Agnelo por corrupção e formação de quadrilha.

Investigação da Polícia Civil envolve Agnelo Queiroz
Cruzeiro on-line

Investigação deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal, batizada de Operação Shaolin, aponta o ex-ministro do Esporte e candidato do PT ao governo do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, como suspeito de se beneficiar de desvios de verbas do Segundo Tempo, principal programa do Ministério do Esporte. Segundo reportagem publicada no site da Revista Época, documentos e depoimentos obtidos pela polícia do DF sobre o destino de quase R$ 3 milhões repassados pelo ministério a duas associações de kung fu de Brasília comprometeriam o petista.

No inquérito, diz a revista, o delegado do caso afirma que Agnelo "teria se valido da condição de ex-ministro" para ser favorecido pelo esquema de corrupção. "Os indícios preliminares colhidos sugerem que Agnelo Queiroz teria se valido de sua condição de ex-ministro do Esporte para se beneficiar de um suposto esquema de desvio de recursos pertencentes a associações que receberam verbas do programa Segundo Tempo", afirma, no documento, Giancarlos Zuliani Junior, o delegado responsável pela investigação.

A reportagem diz que a origem das irregularidades foi o repasse de R$ 2,9 milhões para a Federação Brasiliense de Kung Fu (Febrak) e para a Associação João Dias de Kung Fu. Segundo a polícia, as associações, presididas pelo policial militar, professor de kung fu e suplente de deputado distrital João Dias (PCdoB), se apropriaram de R$ 2 milhões dos convênios sem prestar os serviços combinados.

Segundo uma testemunha ouvida no inquérito, parte do dinheiro, R$ 256 mil, teriam sido desviados do projeto e entregues ao ex-ministro. Procurado pela reportagem de Época, Agnelo nega ter recebido dinheiro. "Esse é um inquérito ilegal e clandestino, arquitetado por uma facção da Polícia Civil do Distrito Federal que estava sob o comando dos meus adversários e que tinha na linha de frente o ex-governador José Roberto Arruda", afirma. (AE)

Agência Estado

Bispo católico, ameaçado de morte por integrantes do PT, diz que o partido de Dilma e Agnelo é o partido da morte.

Bispo diz que ''PT é o partido da morte''
Para Bergonzini, que fez 2 milhões de cópias do folheto 'apelo a todos brasileiros e brasileiras', o PT aceita aborto até 9º mês de gravidez

Fausto Macedo - O Estado de S.Paulo

"O PT é o partido da mentira, o PT é o partido da morte", afirmou ontem d. Luiz Gonzaga Bergonzini, bispo diocesano de Guarulhos, na Grande São Paulo. "O PT descrimina o aborto, aceita o aborto até o nono mês de gravidez. Isso é assassinato de ser humano que não tem nem o direito de se defender."

D. Luiz é a voz dentro da Igreja católica que desconforta Dilma Rousseff, candidata do PT à Presidência, e a coloca no centro da polêmica sobre o aborto. É dele a iniciativa de fazer 2 milhões de cópias do folheto "apelo a todos os brasileiros e brasileiras".

Mais que um libelo contra a interrupção da gravidez, o documento é uma recomendação expressa aos brasileiros para que "nas próximas eleições deem seu voto somente a candidatos ou candidatas e partidos contrários ao aborto". Não cita nominalmente a petista, mas é a ela que se refere claramente.

"Eu tenho uma palavra só, eu não tenho duas ou três palavras como a dona Dilma tem. Ela apresentou três planos de governo, o segundo mascara o primeiro e o terceiro mascara o segundo", disse d. Luiz, na casa episcopal, onde recebeu a imprensa para falar pela primeira vez sobre a ação da Polícia Federal que, há uma semana, confiscou 1 milhão de folhetos por ordem do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A corte acolheu liminarmente ação cautelar do PT que alegou ser alvo de documento apócrifo e falso. "Foi uma violência contra a Igreja", reprova o bispo. Mas ele não recua. Por meio dos advogados da Mitra de Guarulhos, João Carlos Biagini e Roberto Victalino de Brito Filho, o bispo requer ao TSE que revogue a decisão provisória e determine a imediata devolução da papelada que mandou fazer na Gráfica Plana, no Cambuci, em São Paulo.

Nos templos. Se recuperar os panfletos, que considera pertencer à Igreja, d. Luiz planeja distribuir um a um nas portas e nos arredores dos templos nos limites de sua Diocese e mesmo além. "Eu sou pela verdade. Pela verdade eu morro se preciso for, pela Igreja eu morro, pela minha consciência eu morro. Não tenho medo. Estou enfrentando situação difícil, mas vou continuar." A seu rebanho ele prega: "Não vote na Dilma."

Indigna-o a acusação do PT, de que seu apelo é uma falsificação. O documento, observa, é oficial da Igreja, assinado por três bispos e aprovado pelas Comissões Diocesanas de Defesa da Vida. "O PT é o partido da mentira. Dilma sempre declarou que era um absurdo não liberar o aborto. Agora ela é até muito católica. É lógico, depois das pesquisas ela mudou de opinião. Me acusam de mentir sobre esses fatos verdadeiros. O PT é o partido da morte. Diante de tanta manipulação espero que o povo enxergue a verdade e vote certo."

Ressalta que não está fazendo campanha ou pedindo votos para José Serra (PSDB), antagonista de Dilma. Conhece o tucano que, como ministro da Saúde, passou pela cidade. "Mas nunca tomei uma taça de vinho com ele, nem mesmo copo d"água."

Sua missão, diz, é promover o evangelho e a doutrina cristã. Apresenta-se como sacerdote do Altíssimo. "Na defesa da vida vou até a morte. Nunca pedi que votem ou não votem em Serra. Eu digo que não votem na Dilma. Há outras opções, o voto nulo, o branco. Sou político, tenho direito de ser, mas não partidário."

Sua diocese abriga 1,3 milhão de habitantes, espalhados em 341 quilômetros quadrados. É a segunda maior do Estado, com 36 igrejas e 50 capelas. Ele considera "contrassenso" o fato de o presidente Lula ter oferecido abrigo à mulher iraniana condenada à morte por apedrejamento. "O governo oferece até asilo político para uma senhora condenada em seu País. Aqui aceita que se mate crianças nossas, que não cometeram crime algum, e em grande quantidade."

Pressões não o inibem. Carta anônima chegou a seu retiro, a 23 de setembro, postada na agência Central dos Correios, um manuscrito que atribui a petistas violências e morte. "Não tenho medo." São muitas, "pelo menos 300", as manifestações de solidariedade que tem recebido - elas chegam por e-mails, telefonemas, cartas e telegramas, até de d. Evaristo Arns. "De político não chegou nenhuma mensagem."

E os R$ 30 mil investidos na impressão, de onde saíram? "Doações espontâneas que chegaram a mim, doações de pessoas não ligadas a partidos. Gente que me deu ajuda com essa finalidade, de fazer folhetos. Teve sobra, vou doar à Diocese."

Não o incomoda o fato de a gráfica do Cambuci pertencer a empresário casado com uma filiada do PSDB, irmã de Sérgio Kobayashi, que integra a campanha de Serra. "Essa mesma gráfica imprimiu jornais e panfletos para candidatos do PT."

D. Luiz diz respeitar "a opinião e a posição" de qualquer cidadão. "Não sou desses que manda sequestrar impressos, que amordaça a imprensa, como infelizmente acontece em nosso País hoje. Estou com a consciência tranquila de ter feito a minha obrigação. A minha posição é esta: não pode votar na Dilma. Se ela vencer vou lamentar. Vou respeitá-la como presidente, mas vou continuar minha luta. Eu tenho uma palavra só, contra o aborto. É uma norma pétrea. Não vou ceder." 

O Estado de São Paulo

Carreata do 20 festeja 21 anos de Samambaia

Samambaia, cidade implantada pelo ex-governador Joaquim Roriz, comemora 21 anos na próxima segunda-feira. Em homenagem ao aniversário da cidade e aos seus moradores, a candidata a governadora Weslian Roriz (PSC 20) promoveu na tarde deste sábado (23) uma gigantesca carreata, que azulou e agitou as principais ruas de Samambaia.

Ao lado de Roriz, Dona Weslian reafirmou o compromisso de realizar novas obras de infraestrutura, ampliar as unidades de saúde, reforçar a segurança, implantar creches e levar escolas técnicas para Samambaia. “Vocês podem confiar: vamos retomar o desenvolvimento de Samambaia”, assegurou a candidata ao ser recebida por lideranças da comunidade que a aguardavam para a carreata.

No estacionamento da Feira da 202 Norte de Samambaia, local da concentração, quatro trio-elétricos e mais de 400 veículos aguardavam a candidata, que chegou às 17h30 junto com Roriz e o vice Jofran Frejat. Ao chegar, Dona Weslian foi recebida com entusiasmo por diversos feirantes, que faziam questão de cumprimentá-la e incentivá-la com palavras de apoio. “Dona Weslian governadora é isso que a gente quer”, gritava um grupo de moradores, que se juntaram aos militantes da candidata.

Durante o percurso, que durou cerca de duas horas, moradores com motos e bicicletas engrossaram o comboio. A carreata cruzou as ruas das quadras N 204 e R 206, passou pela Feira Permanente da 210, subiu a quadra 612 e ainda percorreu toda a QN 412. Durante todo o trajeto, moradores saíram às ruas para manifestar apoio à candidata. Nas lojas, nos pontos de ônibus, nas praças, as pessoas se manifestavam aplaudindo a carreata.

Num carro de som, o locutor Vatanábio Brandão, da coordenação da Coligação Esperança Renovada, enumerava as realizações de Joaquim Roriz em Samambaia: “Foi Roriz quem criou esta cidade, quem garantiu moradia para você, quem trouxe escolas, saúde, empregos e o metrô. Agora, é a esposa dele, Dona Weslian, quem vai dar continuidade ao trabalho de Roriz, trazendo novas obras para Samambaia”.

A dona de casa Almerinda Lopes de Sá, 35 anos, emocionada ao ver o casal passar em frente à sua residência, traduziu o sentimento dos moradores: “Ninguém fez mais por Samambaia do que Roriz. Esta cidade existe graças ao Roriz. Vou colocar uma bandeira na porta da minha casa para mostrar a minha gratidão. Para mostrar que eu sou 20”.

Ao final do trajeto, quando já era noite, muitos moradores ainda aguardavam para cumprimentar Dona Weslian. Gente como Júlio César Peixoto, 28 anos, que, dizendo-se feliz com a presença de Dona Weslian as vésperas do aniversário de Samambaia, fez questão de justificar por que vai votar nela: “Dona Weslian é uma mulher de fé, de fibra. Ela sempre ajudou, sempre olhou, sempre deu a mão aos mais humildes. E ela tem Roriz, que vai ajudá-la a governar. Dona Weslian é a melhor opção para Samambaia e para todo o Distrito Federal”.
 

http://www.weslian.com.br/noticias/ultimas/760-carreata-do-20-festeja-21-anos-de-samambaia

Acuado por graves denúncias de corrupção, Agnelo Queiroz (PT) pode ter registro de candidatura cassado pelo TRE-DF ainda essa semana.

Pedida a cassação de Agnelo ao TRE-DF

O Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TREDF) recebeu na tarde desta sexta-feira (22) Representação da Coligação Esperança Renovada em desfavor dos candidatos a Governador e Vice do DF, respectivamente Agnelo Queiroz e Tadeu Fillipeli, pertencentes à Coligação Novo Caminho.

O objetivo da Representação é a cassação do registro ou diploma dos candidatos e aplicação de multa. O motivo do pedido é que, no último dia 20, a equipe de Agnelo teria distribuído lanche a populares que aguardavam evento programado com a Cooperativa de Catadores de Lixo e Reciclagem da cidade Estrutural.

A representação se baseia no parágrafo 6º do artigo 39, da Lei das Eleições (9504/97): “É vedada na campanha eleitoral a confecção, utilização, distribuição por comitê, candidato, ou com a sua autorização, de camisetas, chaveiros, bonés, canetas, brindes, cestas básicas ou quaisquer outros bens ou materiais que possam proporcionar vantagem ao eleitor”.

Outro dispositivo citado é o artigo 41-A , que trata das hipóteses de captação ilícita de sufrágio. Para comprovar a situação, foi encaminhado, junto com a Representação, cópia de jornal televisivo que teria registrado a situação. A Representação ainda não tem relator.

Tribuna do Brasil

Programa Eleitoral de Weslian Roriz dia 22 de outubro