quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Pedida impugnação de Agnelo

Os advogados da coligação Esperança Renovada, da candidata Weslian Roriz ao Governo do Distrito Federal, devem entrar nas próximas horas com uma representação judicial pedindo a impugnação da candidatura de Agnelo Queiroz, do PT, enquadrando-o como “ficha suja” devido ao seu suposto envolvimento no desvio de recursos públicos, durante o tempo em que ocupava o Ministério do Esporte.

O advogado da coligação, Eládio Carneiro, está buscando acesso a cópia do processo federal da Operação Shaolin em que Agnelo teria sido indiciado para embasamento da ação com os depoimentos contidos nos autos, como o da testemunha Geraldo Nascimento de Andrade, que acusou Agnelo de ser o mentor de um esquema de desvio de dinheiro do programa governamental Segundo Tempo, por intermédio de ONGs.

Andrade era motorista de Miguel Santos Souza, uma das pessoas investigadas na Operação Shaolin, e, em depoimento à Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DECO) da Polícia Civil, afirmou ter visto Agnelo receber R$ 256 mil, em dinheiro, em uma ocasião e que outras somas lhe teriam sido destinadas em ocasiões diferentes. Ele também citou nomes dos supostos participantes do esquema, alguns deles presos durante a operação policial, e o nome de Organizações Não Governamentais usadas no desvio de recursos do Ministério do Esporte.

“Como um sujeito, com testemunhas que o acusam de ser chefe de uma quadrilha de distribuição de dinheiro pode concorrer”, questiona Eládio Carneiro, que está juntando demais provas para o pedido de impugnação.

Essa é a segunda testemunha a denunciar a ações de Agnelo quando ministro do Esporte e também a admitir que sofreu ameaças de morte para que permanecesse calado. Geraldo Andrade, no entanto, disse que não se intimidou e que não deixará Brasília, apesar das ameaças.

Memória

A Operação Shaolin, da Polícia Civil do Distrito Federal e participação do Ministério Público, investigou desvio de dinheiro público por organizações ligadas ao PCdoB, ex-partido de Agnelo e, no início de abril passado, prendeu cinco pessoas: o policial militar João Dias Ferreira, Demis Demétrio Dias de Abreu, Flávio Lima Carmo, Miguel Santos Souza e Eduardo Pereira Tomaz.

O grupo, segundo a polícia, falsificou 49 notas frias para retirar cerca de R$ 3 milhões repassados pelo Ministério dos Esportes a entidades sociais conveniadas com o Programa Segundo Tempo. Pouco menos de R$ 1 milhão foram de fato destinados em atividades esportivas que deveriam beneficiar 10 mil atletas carentes de núcleos situados em Sobradinho.

http://www.weslian.com.br/noticias/ultimas/770-pedida-impugnacao-de-agnelo

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