domingo, 24 de outubro de 2010

PC-DF aprofunda as investigações e quer ouvir Agnelo sobre os desvios de recursos de programas sociais no DF, na época em que era ministro do esporte. Fontes dão conta do indiciamento de Agnelo por corrupção e formação de quadrilha.

Investigação da Polícia Civil envolve Agnelo Queiroz
Cruzeiro on-line

Investigação deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal, batizada de Operação Shaolin, aponta o ex-ministro do Esporte e candidato do PT ao governo do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, como suspeito de se beneficiar de desvios de verbas do Segundo Tempo, principal programa do Ministério do Esporte. Segundo reportagem publicada no site da Revista Época, documentos e depoimentos obtidos pela polícia do DF sobre o destino de quase R$ 3 milhões repassados pelo ministério a duas associações de kung fu de Brasília comprometeriam o petista.

No inquérito, diz a revista, o delegado do caso afirma que Agnelo "teria se valido da condição de ex-ministro" para ser favorecido pelo esquema de corrupção. "Os indícios preliminares colhidos sugerem que Agnelo Queiroz teria se valido de sua condição de ex-ministro do Esporte para se beneficiar de um suposto esquema de desvio de recursos pertencentes a associações que receberam verbas do programa Segundo Tempo", afirma, no documento, Giancarlos Zuliani Junior, o delegado responsável pela investigação.

A reportagem diz que a origem das irregularidades foi o repasse de R$ 2,9 milhões para a Federação Brasiliense de Kung Fu (Febrak) e para a Associação João Dias de Kung Fu. Segundo a polícia, as associações, presididas pelo policial militar, professor de kung fu e suplente de deputado distrital João Dias (PCdoB), se apropriaram de R$ 2 milhões dos convênios sem prestar os serviços combinados.

Segundo uma testemunha ouvida no inquérito, parte do dinheiro, R$ 256 mil, teriam sido desviados do projeto e entregues ao ex-ministro. Procurado pela reportagem de Época, Agnelo nega ter recebido dinheiro. "Esse é um inquérito ilegal e clandestino, arquitetado por uma facção da Polícia Civil do Distrito Federal que estava sob o comando dos meus adversários e que tinha na linha de frente o ex-governador José Roberto Arruda", afirma. (AE)

Agência Estado

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